Como os cientistas enxergam o mundo

World View

A parte das reações de fusão nuclear no sol e da equação de Navier-Stokes (acho eu) na água do rio me chamaram ainda mais atenção do que as reações químicas na árvore e no coelho.

Em todo caso, uma imagem bem divertida para o fim de semana.

Na segunda retomo o ritmo normal dos posts.

FONTE: 9GAG

Efeito vaga-lume com materiais caseiros

UPDATE = VÍDEO COMPLETAMENTE FAKE. REALIZEI O MESMO EXPERIMENTO AQUI NO LABORATÓRIO E NEM DE PERTO APARECEU AQUELA COR VERDE LUMINESCENTE BONITA!

Tá aí um experimento que eu vou tentar fazer.

Basta cortar as cabeças de palitos de fósforo, colocar em um frasco com tampa, adicionar água sanitária e água oxigenada. 

Fechando o vidro e agitando, uma luminosidade fantasmagórica surge.

Diz o autor do vídeo que a luminosidade dura horas.

Pelo sim, pelo não, eis o vídeo. Depois que eu repetir o experimento, posto o resultado no blog.

Corantes alimentícios - Parte II

Em um post sobre corantes alimentícios, eu falei sobre diversos compostos orgânicos usados industrialmente.

No entanto, eu fiquei devendo uma explicação sobre três deles:
  • Verde Rápido
  • Azorrubina
  • Azul Patente V

 

Leia mais na sequência do post...


Verde Rápido

Também conhecido como verde alimentício 3, Verde FD&C 3, Verde 1724, Verde Sólido FCF, CI42053 ou E143.

Tem uma cor verde-marinha.


Embora proibido na União Europeia como corante alimentício, é usado em outros países como corante de ervilhas verdes, certos vegetais, gelatinas, molhos, peixes e sobremesas.  

Também é usado como marcador quantitativo de histonas na extração de DNA em pH ácido e como marcador de proteínas na eletroforese, pois possui absorção máxima de 625 nm no UV-visível. 

Em testes biológicos, apresentou efeitos tumorigênicos e mutagênicos em animais de laboratório e em humanos. Também é um irritante dos olhos, pele, trato digestivo e respiratório, quando na forma não-diluída.

 

Azorrubina

Também conhecida como carmoisina, vermelho alimentício 3, carmoisina brilhante O, vermelho ácido 14 ou E122.

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É um corante da família dos azocompostos, geralmente na forma dissódica.

 

A cor da azorrubina varia do vermelho a uma cor vermelho-terrosa (marrom).

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Geralmente, a azorrubina é usada em alimentos que passaram por processos de aquecimento após um processo de fermentação.

Alimentos nos quais esse corante costuma ser usado incluem: rocamboles, geleias, conservas, balas de gelatina, iogurtes, cheesecake, e até em enxaguantes bucais.

Diversos azocompostos têm sido associados ao surgimento de câncer, principalmente o de próstata.

Diversos estudos apontam que o uso desse corante associado ao conservante benzoato de sódio pode realmente causar esses males. Por conta disso, diversos países baniram o uso de azorrubina como corante alimentar, inclusive os EUA.

 

Azul Patente V

Também conhecido pelos nomes de azul alimentar 5, azul sulfano ou E131. 

É um corante sintético de cor azulada. 

PATENT BLUE V

 

Consiste essencialmente de sais de cálcio ou sódio do 2-[(4-dietilaminofenil)(4-dietilimino-2,5-ciclo-hexadien-1-ilideno)metil]-4-hidroxi-1,5-benzenidissulfonato.

Patent Blue V

Pode ser convertido à forma de laca (uma espécie de verniz) se, ao invés de cálcio ou sódio, alumínio for usado na sua preparação.

É solúvel em água, parcialmente solúvel em etanol.

Esse corante, não muito usado, foi banido nos EUA, Noruega e e Austrália.

É usado na medicina como contraste em exames do sistema linfático e como revelador de placas dentárias.

Pode causar reações alérgicas, coceiras, náusea, hipertensão e até choques anafiláticos (em casos raros).

 

Com esses três, encerro essa série de posts sobre corantes alimentícios. Agora vou procurar outro grupo de substâncias para falar, talvez eu resolva escrever sobre aromas sintéticos. Até a próxima.

FONTE

O vazamento de petróleo faz mais vítimas nos EUA

 Chocolate Dolphin

Além dos óbvios efeitos negativos de poluição das águas marinhas, o petróleo acaba com a fauna.

Como ele faz isso? Bem, basicamente, o petróleo é uma mistura de substâncias, na maioria apolares.

Sendo apolar, uma substância não se mistura com a água e tenta diminuir ao máximo o contato com ela.

O petróleo espalha-se sobre a superfície da água, formando uma camada muito fina de substância apolar.

Essa camada muito fina muda o índice de refração da luz solar incidente sobre a água, bem como diminui a penetração da luz solar. Isso afeta a fotossíntese das plantas aquáticas e acaba com os microorganismos que vivem a profundidades maiores.

Sem falar nos peixes e demais seres aquáticos que vivem no mar. Os pássaros, nem se fala, ficam totalmente sujos de petróleo e, portanto, impossibilitados de voar ou de se alimentar adequadamente.

Esse post foi motivado pelo derramamento de petróleo que ocorreu no dia 22 de abril de 2010, na costa sul dos Estados Unidos da América.

A catástrofe ambiental é tão grande que já está sendo considerada a maior ocorrida por aquelas bandas.

Como eles não estão conseguindo barrar o avanço da mancha, já estão até pensando em incendiá-la, o que trará novos problemas ambientais.

E o que fazer? Sinceramente não sei, mas que basear toda a tecnologia humana em derivados do petróleo não dá mais, isso é certo.

Site para fazer tirinhas com super-herois

Vi nesse site aqui uma dica bem legal.
 
Quem gosta de HQs, como eu, vai se divertir fazendo tirinhas com os super-herois no Superhero Squad.
 
Só para dar uma testada no site, resolvi fazer uma com o Dr. Destino, Químico e Cientista Maluco de plantão da Marvel.
 
Confira a minha tirinha na sequência.
 
Solte a imaginação, crie histórias divertidas para animar sua aula de Química, e agradeça a mim pela dica. :)
 
Voltaremos no próximo post com mais novidades Mega-Bombásticas! :)

Revelado o segredo dos extintores de incêndio

How FIRE EXTINGUISHERS work

Coca-Cola e Mentos, simples assim!

<Dr. Chatoff mode on>

Na verdade, a brincadeira acima não é completamente desprovida de verdade.

Os extintores químicos de gás carbônico (CO2) funcionam por um princípio parecido.

A diferença reside no fato de haver bicarbonato (NaHCO3)  no fundo do extintorm e ácido no topo dele (dentro de um recipiente aberto no topo).

Quando o extintor é virado de cabeça para baixo, o ácido se mistura ao bicarbonato e produz o dióxido de carbono segundo a reação abaixo:

2NaHCO3 + H2SO4 -> Na2SO4 + 2CO2 + 2H2O

E, voilá, o jato de CO2 encontra o fogo e nega justamente o que ele mais precisa para continuar, oxigênio.

Mas que ia ser bem mais divertido um extintor funcionar à base de mentos e coca..... 

<Dr. chatoff mode off>

Alcaloides - Nicotina

3-[(2S)-1-metilpirrolidin-2-il]piridina

A extração de cascas, raízes, folhas e/ou frutos de plantas geralmente rende substâncias nitrogenadas chamadas alcaloides. 

Esse termo "alcaloide" deve-se ao fato de que essas substâncias comportarem-se como álcalis; isto pe, desde que alcaloides são aminas eles comumente reagem com ácidos a fim de render sais solúveis.

Os átomos de nitrogênio de muitos alcaloides estão presentes em aneis heterocíclicos. Em alguns poucos casos, entretanto, o nitrogênio pode estar presente como uma amina primária ou como um grupo quaternário de amônio.

Quando administrados a animais muitos alcaloides pdoruzem notáveis efeitos fisiológicos, e os efeitos variam enormemente de alcaloide para alcaloide.

Alguns alcaloides estimulam o sistema nervoso central, outros causam paralisia; alguns elevam a pressão sanguínea, outros provocam uma queda na pressão.

Certos alcaloides atuam como aliviadores da dor; outros atuam como tranquilizantes; ainda outros agem contra microorganismos infecciosos. Muitos alcaloides são tóxicos quando sua dosagem é suficientemente elevada, e com alguns esta dosagem é muito pequena.

A despeito disso, muitos alcaloides encontram uso na medicina.

Nomes sistemáticos são pouco usados para os alcaloides, e seus nomes comuns possuem uma variedade de origens. Em muitos casos o nome comum reflete a origem botânica do composto.

O alcaloide estricnina, por exemplo, vem das sementes da planta Strychnos.

O nome do alcaloide morfina, proveninente do ópio, é devido ao deus Grego dos sonhos Morpheus.

O nome do alcaloide do tabaco, nicotina, provém do nome de um embaixador francês chamado Nicot, ele foi o responsável por enviar sementes de tabaco para a Europa.

Em doses muito pequenas a nicotina age como um estimulantes, mas em doses mais elevadas ela causa depressão, náusea, e vômitos.

Em doses ainda maiores ela causa um envenenamento violento. 

Os sais da nicotina são usados como inseticidas.

O interessante é que a oxidação da nicotina por ácido nítrico concentrado produz o ácido piridino-3-carboxílico, um composto que é chamado de ácido nicotínico.

Enquanto que o consumo de nicotina não produz benefícios para os seres humanos, o ácido nicotínico é uma vitamina; ela é incorporada em uma importante co-enzima, a nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD+).

Ácido nicotínico
 NAD+

E como hoje é o dia mundial sem tabaco, fica esse post em homenagem à nicotina. :P

FONTE: Solomons, Organic Chemistry, 7th Edition