Poupe energia, amarre seus cadarços em menor tempo, salve o planeta

Em épocas de crise energética mundial, a ordem é poupar energia e tempo.

Que tal aprender a economizar energia ao amarrar seus cadarços em menos tempo?

Com certeza a energia poupada por você poderá ser usada para salvar baleias, invadir navios petroleiros, lutar pela preservação das focas, organizar protestos contra os responsáveis pelo aquecimento global, etc.

Tá, bobagem, essa introdução foi só para eu poder apresentar o vídeo abaixo:

FONTE

A música dos elementos de Tom Lehrer na versão Google Instant

Google Instant é uma nova ferramenta lançada pela Google e que permite economizar uns bons segundos no processo de pesquisa.

À medida que você vai digitando os termos de busca, o Google Instant vai exibindo os resultados.

A novidade ainda não está disponível para o Brasil, mas deve desembarcar em breve aqui na República das Bananas.

Algum engraçadinho de primeiro mundo resolveu reinterpretar a música dos elementos químicos de Tom Lehrer usando o Google Instant. (Veja outro post sobre essa música aqui.)

O resultado ficou bem legal. Confira na sequência:

Vi a notícia no Meio Bit.  

Softwares - Periodic Table Classic 3.9

Um amigo me passou esse software de Tabela Periodica que é realmente muito interessante.

Gostei tanto que vou falar dela aqui no blog.

O autor do software chama-se Paul Alan Freshney, e os diversos programas que ele criou podem ser acessados a partir do endereço freshney.org.

Se você quiser baixar direto o software da tabele, o link é esse aqui.

Ao abrir, o programa exibe um fato histórico químico relacionado nesse exato mesmo dia.

A interface é intuitiva. Basta passar o mouse sobre um elemento químico para visualizar uma foto de um objeto ou material relacionado a ele. Na imagem abaixo, temos um diamante sendo exibido ao passar o cursor por cima do elemento químico carbono.

Ao clicar sobre o elemento, aparece uma série de informações acerca do mesmo.

Dá para obter uma monte de informações e até uma animação de como seria a estrutura eletrônica em camadas do átomo selecionado.

Quer dar uma olhada na variação das propriedades periódicas?

É possível, basta selecionar a propriedade desejada (raio atômico, por exemplo) e o programa exibe na forma de gráficos de barras aquilo que você deseja ver.

Se você quiser saber onde determinado elemento é obtido, tem uma opção que exibe um mapa mundi onde dá para passar o cursor sobre qualquer país e obter a informação desejada.

Além disso ele conta com uma pequena biblioteca de equações, constantes físicas e químicas fórmulas empíricas de compostos simples.

Vale a pena o download, eu agarantcho! \o/

Molécula do dia - Monóxido de Carbono

Assasinos silenciosos.

Episódio de hoje: monóxido de carbono 

Silent Killers

 

Monóxido de carbono (CO), também chamdo de óxido carbônico, é um gás incolor, inodoro e sem sabor que é ligeiramente mais leve que o ar. É altamente tóxico para humanos e animais em doses elevadas, apesar de ser produzido pelo metabolismo normal de animais em baixas quantidades, e acredita-se que tenha algumas funções biológicas. 

Consiste de um átomo de carbono e um de oxigênio, conectados entre si por uma ligação covalente tripla. 

Carbon-monoxide-resonance-2D.png

Ele é o composto oxocarbônico mais simples, e é um anidrido (derivado por perda de uma molécula de água) do ácido fórmico. Em complexos de coordenação ele recebe o nome de carbonila.

Ele é produzido da oxidação parcial de compostos contendo carbono; ele se forma quando não existe oxigênio suficiente para produzir o dióxido de (mono)carbono (CO2), como em fornos ou motores a combustão em espaços confinados.

Na presença de oxigênio, ele queima com uma chama azul, produzindo o (CO2). Gás mineral, que foi amplamente usado até os anos de 1960 para iluminação doméstica, alimentação e aquecimento a despeito de sua toxicidade continha dióxido de carbono como seu principal componente. Alguns processos de tecnologia moderna, tais como a fundição do ferro, ainda produzem o CO como principal sub-produto. 

Devido a reações fotoquímicas na troposfera, a maior fonte de CO é natural, respondendo por 5 x 1012 kg/ano. Vulcões, incêndios florestais e outras formas de combustão são fontes importantes de CO. 

Em biologia, o monóxido de carbono é naturalmente produzido pela ação da heme oxigenase 1 e 2 no grupamento HEME da hemoglobina. Esse processo produz uma certa quantidade de carboxihemoglobina em pessoas normais, mesmo se elas não respirarem qualquer quantidade de monóxido de carbono.

 

Há relatos de que o monóxido de carbono é um neurotransmissor normal, bem como um dos três principais gases que naturalmente modula respostas inflamatórias no corpo (os outros dois são o monóxido de nitrogênio - NO - e o sulfeto de hidrogênio - H2S.), o monóxido de carbono recebeu uma grande atenção como um regulador biológico.

Em muitos tecidos, todos os três fases são conhecidos por atuar como anti-inflamatórios, vasodilatadores e encorajadores do crescimento neovascular. Tentativas clínicas de tratamentos com pequenas quantidades de CO como droga estão em andamento.

Skull and crossbones.svg

Agora, a parte que interessa: Ele é o agente de envenenamento do ar mais comum em muitos países. Quando combinado com a hemoglobina, forma a carboxihemoglobina, que é ineficaz na entrega de oxigênio aos tecidos corporais. Essa condição é conhecida como anoxemia.

Concentração em torno de 667 ppm podem causar conversão de até 50% da hemoglobina do corpo na forma carboxi. 

Os sintomas mais comuns de envenenamento por monóxido de carbono podem assemelhar-se a outros tipos de envenenamentos e infecções, incluindo sintomas tais como dor-de-cabeça, náusea, vômito, confusão, fadiga e um sentimento de fraqueza. Crianças podem ficar irritáveis e se alimentar mal. Sinais neurológicos incluem confusão, desorientação, distúrbios visuais, síncope e tonturas.

Algumas pessoas descrevem que o envenenamento por CO inclui hemorragias visuais, e uma tonalidade vermelho-cereja no sangue.  

Liga-se a outras moléculas como a mioglobina e citocromo mitocondrial oxidase. Exposições ao CO podem causar danos significativos ao coração e sistema nervoso central.

Ocorrência atmosférica

O CO é o componente majoritário da poluição atmosférica em algumas áreas, ele é proveniente da exaustão de motores a combustão mas também pode ser proveniente da combustão incompleta de diversos outros combustíveis (madeira, carvão, óleo, parafina, propano, gás natural e lixo em decomposição).

O monóxido de carbono faz também parte de uma série de reações químicas que formam o smog fotoquímico. Juntamente com os aldeiídos, ele reage fotoquimicamente para produzir radicais peróxido.

Os radicais peróxido oxidam o monóxido de nitrogênio (NO) a dióxido de nitrogênio NO2.

A criação do dióxido de nitrogênio é o passo crítico na formação de ozônio a baixas altitudes (componente do smog).

Esse é um problema muito grave, pois o NO que reage e forma ozônio a baixas altitudes não está mais disponível para formar ozônio nas camadas atmosféricas superiores e, portanto, prejudica a camada de ozônio que protege a Terra. Ao mesmo tempo, o ozônio formado a baixas altitudes é tóxico para seres humanos, causando irritações nas mucosas. 

 CO + 2O2 → CO2 + O3

Se você quiser produzir o CO em laboratório, basta fazer uma reação entre o zinco metálico e o carbonato de sódio:


Zn + CaCO3 → ZnO + CaO + CO

Obviamente o CO não é apenas um assassino, isso foi só uma brincadeira que eu fiz para justificar o uso da imagem acima. Ele tem importantes aplicações industriais, científicas e até mesmo médicas. Se eu tiver paciência, posto essas outras informações aqui no blog num futuro próximo.

FONTE

Molécula do dia - Dióxido de (mono)carbono

O dióxido de carbono é uma das mais simples e comuns moléculas do universo (perde para o gás hidrogênio). Possui apenas três átomos, um de carbono e dois de oxigênio.

É fácil para os átomos de carbono unirem-se aos átomos de oxigênio por causa da camada de valência incompleta do carbono. 

O carbono possui apenas quatro elétrons na última camada e, de acordo com um princípio bem simples, a tendência dos átomos é receber ou doar elétrons a fim de atingir uma configuração eletrônica de gás nobre.

Em termos mais simples, os átomos tendem a adquirir oito elétrons na camada mais externa. Isso não é uma obrigação, regra do octeto no ecziste, ok?

O carbono vai tender a receber quatro elétrons de outros átomos e, dessa forma, vai atingir um número de 8 elétrons na camada de valência e igualar-se ao gás nobre neônio, que também possui os tais oito elétrons na última camada.

Os átomos de oxigênio, por sua vez, possuem seis elétrons na camada de valência. Precisam de mais dois elétrons para completar o número mágico de 8 elétrons. Ao se ligar covalentemente ao carbono, eles compartilham dois elétrons com ele e, em troca, o carbono compartilha dois elétrons com cada oxigênio.

Esse troca-troca é melhor compreendido com a figurinha abaixo:


Existem moléculas de dióxido de (mono)carbono no espaço sideral. Esse dióxido formou-se nas nebulosas após a explosão das supernovas (estrelas recém-formadas). Todo o dióxido de carbono do espaçõ é muito frio, por isso ele encontra-se na forma de gelo.

Quando os planetas se formaram a partir dessas nebulosas, alguma parte do dióxido de carbono sólido tornou-se parte desses planetas. Existe, por exemplo, dióxido de carbono em Marte e em outros planetas, bem como na Terra.

Devido ao fato de que a superfície da Terra é muito mais quente do que o espaço, a maior parte do dióxido de carbono na Terra fundiu e tornou-se gás. Menos de um porcento do nosso ar é composto por dióxido de (mono)carbono, mas ele é muito importante para todos os seres vivos do planeta Terra.

As plantas produzem suas células a partir do processo conhecido por fotossíntese, no qual elas consomem dióxido de carbono. Para tanto, elas quebram a molécula de dióxido de carbono com a ajuda de enzimas específicas e utilizam o carbono para produção de células e de seiva. O oxigênio não utilizado é liberado para a atmosfera, repondo o oxigênio à mesma.

Quando a planta morre, seus átomos de carbono retornam ao solo ou à atmosfera na forma de dióxido de carbono.

Forest fire

Nos últimos cem anos, o dióxido de monocarbono tornou-se um problema grande para os habitantes do planeta Terra. Devido ao consumo de derivados do petróleo e à queima de carvão para fins de aquecimento, a quantidade de dióxido liberada na atmosfera deu saltos enormes. 

Esse dióxido liberado é ótimo para as plantas, mas ele também atua como um cobertor, impedindo que o calor liberado pelo planeta escape para fora da atmosfera. Esse efeito é conhecido pelo nome de "efeito estufa" (greenhouse effect).

Esse tal efeito estufa tem preocupado os cientistas nas últimas décadas, pois o aumento de um simples grau na temperatura média mundial é o suficiente para acelerar o processo de derretimento das calotas polares e, quem sabe, contribuir para o aumento do nível do mar.

Pode ser que dentro de alguns anos vejamos cidades desaparecendo sob a água proveniente do derretimento do gelo polar.

Quanto às propriedades químicas dessa molécula:

A ligação química C-O é polarizada, só que devido à alta simetria da molécula, a polaridade é nula. Isso faz com que o átomo de carbono possua baixa densidade de elétrons ao seu redor e faz com que os átomos de oxigênio acumulem boa parte da densidade eletrônica da molécula ao seu redor.

Como resultado, temos um átomo de carbono ávido por elétrons e dois átomos de oxigênio ávidos por cargas positivas.

O encontro entre uma molécula de dióxido de carbono e uma molécula de água é bem interessante. A água possui dois átomos de hidrogênio ávidos por cargas negativas, e um átomo de oxigênio ávido por cargas positivas.

Uma molécula de água complementa uma de dióxido. O resultado da reação é a formação do ácido carbônico (H2CO3).

Todos os óxidos moleculares fazem essa mesma reação com a água, produzindo ácidos.

Sendo assim, costuma-se dizer que o dióxido de carbono é óxido molecular ou óxido ácido.

FONTE