Materiais e metodologia do Programa Intel Aprender chegarão a áreas em situação de risco por meio de centros de inclusão social mantidas pela UNESCO.
A Fundação Intel realizou uma parceria com a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) para implementação da metodologia do Programa Intel Aprender em cerca de 180 centros comunitários de educação do país. Por meio dos cursos “Tecnologia e Comunidade” e “Tecnologia no Trabalho”, a iniciativa capacitará mais de 10 mil crianças e jovens no uso da tecnologia da informação.
A Fundação Intel, a USAID e a UNESCO oferecerão cursos de informática a jovens que freqüentam o programa “Atendimento Integral ao Educando e à Comunidade na Perspectiva de uma Cultura de Paz no Distrito Federal”, parceria entre a UNESCO e a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, e a crianças atendidas pelos quatro Espaços Criança Esperança, mantidos pela campanha Criança Esperança, um projeto da REDE GLOBO em parceira com a UNESCO, em comunidades das cidades de São Paulo-SP, Rio de Janeiro-RJ, Belo Horizonte-BH e Olinda-PE. Com esta iniciativa, a Intel prevê que jovens inseridos em comunidades de risco possam se dedicar a atividades extracurriculares nas escolas e nos centros comunitários.
“O acesso à tecnologia é fundamental para a redução da desigualdade social, colabora para a formação de jovens e contribui para o aumento da competitividade do país, pois permite uma rápida evolução de idéias e habilidades necessárias para enfrentar os desafios do século XXI”, disse Fabio Tagnin, gerente de Educação da Intel Brasil. “Acreditamos que projetos de sucesso estimularão a participação de entidades não-governamentais, representantes do setor público e da iniciativa privada em atividades que incentivem a educação, com a elaboração de políticas efetivas de inclusão social”, completa o executivo da Intel.
“Para a USAID as parcerias público-privadas são o melhor e o mais eficiente mecanismo para promover desenvolvimento. É com base nesse pensamento que acreditamos que esta iniciativa tem um grande potencial para expandir oportunidades econômicas e promover inclusão social e melhorar a qualidade de vida de milhares de jovens”, disse Alex Araújo, Assessor de Desenvolvimento Sócio-Econômico da USAID Brasil.
“A UNESCO encoraja os esforços do setor privado na promoção de iniciativas de responsabilidade social e participa em diversos projetos de parceria em prol da inclusão social de jovens em situação de risco, como é o caso desta parceria com a Intel e a USAID. Tais iniciativas têm grande importância para a construção de uma sociedade mais cidadã, por meio da promoção do protagonismo juvenil e da preparação para o mercado de trabalho”, disse Marlova Noleto, coordenadora de Ciências Humanas e Sociais da UNESCO no Brasil.
Os jovens poderão se matricular em dois cursos que compõe o programa Intel Aprender, ambos formatados na estrutura de projetos, nos laboratórios de informática dos Espaços Criança Esperança e nas escolas da rede pública do Distrito Federal. O curso “Tecnologia e Comunidade” dará a grupos de estudantes a chance de elaborarem seus trabalhos, desde a definição do tema e identificação do problema, comunicação para a sociedade e proposta de solução.
Já o curso “Tecnologia no Trabalho” é focado para jovens que já estão se preparando para ocupar um posto no mercado de trabalho, usando a tecnologia como base para construir conhecimento sobre profissões e oportunidades de carreira. O Programa Intel Aprender será o responsável pelo fornecimento dos materiais e da metodologia de aprendizagem para ambos os cursos. A capacitação dos professores e monitores dos centros de inclusão e escolas será realizada pela Fundação Bradesco, parceira da Intel em diversos programas educacionais. E caberá à UNESCO o planejamento, execução, supervisão e avaliação do Programa. Mais informações sobre o programa Intel Aprender podem ser acessadas pelo site do programa.
Há alguma forma de usar baterias e não agredir a natureza? Não. Os elementos químicos presentes nos produtos são prejudiciais e o reaproveitamento dos componentes ainda engatinha. De acordo com Luís Novazzi, professor do curso de Engenharia Química da FEI (Fundação Educacional Inaciana), a reciclagem deles não é um processo barato, porque exige que diferentes componentes sejam separados mecanicamente, como metais e parte feita de plástico. “As pilhas descartáveis você pode esquecer, vão para o lixão. Ao menos a consequência é baixa, porque os metais não são tóxicos. As piores [baterias] têm cádmio, chumbo ou mercúrio”, afirma Novazzi.
Há, no entanto, materiais usados em baterias menos nocivos à natureza que outros. Novazzi fez para o Verdade Inconveniente uma análise ambiental das baterias e pilhas que mais usadas com a ajuda de Maristhela Marin, sua colega e professora de Engenharia Química da FEI. Confira abaixo, quais são as piores e melhores:
Bateria de mercúrio
A mais danosa, era costumeiramente usada em calculadoras e relógios e tinha o formato de uma moeda achatada, com vários tamanhos. Dentro de uma lista da EPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos), faz parte das 20 substâncias mais perigosas à saúde ao meio ambiente. “Ele é extremamente nocivo ao sistema nervoso porque é de difícil excreção, não conseguimos eliminar ele no organismo”, diz Maristhela. “O mercúrio foi banido nesta aplicação, passando a ser substituído por baterias de íons de lítio, que continuam tendo o mesmo formato. Talvez ainda exista algum produto de fabricação duvidosa que use mercúrio”, afirma Novazzi.
Bateria de chumbo
Em segundo lugar não tão honroso, a bateria de chumbo é usada em motores de veículos como carros, caminhões, tratores e ônibus. “E você não pode dispor dela no meio ambiente porque ela também tem uma solução de ácido sulfúrico, outra substância extremamente danosa ao meio ambiente”, diz Novazzi. Segundo Maristhela, o chumbo é péssimo para o nosso sistema nervoso central, medula óssea e rins, e faz parte da lista da EP. Suas baterias velhas normalmente são encaminhadas para o fabricante reciclar. “Todos os fabricantes brasileiros grandes recuperam estas baterias”, afirma.
Bateria de níquel-cádmio
Na terceira posição, ela é aplicada em telefones sem fio, câmeras e laptops antigos. “A maioria dos equipamentos eletrônicos de dois a quatro anos atrás usam baterias de níquel cádmio, mas seu uso está caindo”, diz Novazzi. Elas podem ser recicladas, mas o processo não é barato e os próprios fabricantes se incumbem. Maristhela explica que os efeitos causados pela bateria são relativos porque se trata de duas substâncias diferentes. O níquel pode causar dermatites, câncer e lesões no sistema respiratório, “mas o cádmio é mais perigoso e também faz parte da lista de 20 substâncias perigosas, podendo causar disfunções digestivas, problemas pulmonares e câncer”, afirma a professora.
Baterias de níquel metal hidreto, íons de lítio e pilhas comuns
Em quarto e último lugar, as três baterias empatadas têm toxicidade baixa e semelhante. “O tipo de metal na bateria de metal hidreto pode variar, então a legislação brasileira não indica sua toxicologia direta”, diz Maristhela. Novazzi diz que a pilha recarregável compensa mais para o meio ambiente do que a comum, porque sua fabricação (a da comum) consome cerca de 20 vezes mais energia do que ela vai dissipar na sua vida útil. “É um contrassenso. Com a recarregável não, porque o ciclo de carga e descarga atinge umas 100 a 500 vezes até que ela não consiga mais funcionar. Do ponto de vista energético, sem sombra de dúvida, as pilhas recarregáveis são melhores”.
A bateria de níquel metal hidreto é usada em pilhas recarregáveis, câmeras e telefones sem fio mais novos. Já a bateria de íons de lítio também é usada em pilhas recarregáveis e tem aplicação em computadores, laptops e celulares. “Ela domina as baterias de celular, 90% são feitas deste material”, afirma Novazzi. “O lítio causa disfunção no sistema neurológico, funções renais e respiratórias, mas é menos tóxico porque nós temos que nos expor ou ingerir uma quantidade muito maior dele do que às outras substâncias tóxicas, diz Maristhela.
Complicações na reciclagem e uso
Novazzi afirma que as pessoas e companhias não reciclam baterias feitas de metal barato, ou que não fazem tão mal para o meio ambiente. “É muito melhor reciclar baterias de íon de lítio e níquel metal hidreto, porque são metais caros. Ninguém se importa em reciclar uma pilha que usa zinco, por exemplo”. Ele afirma que é difícil de definir qual das baterias citadas no texto é mais eficiente ou tem mais vida útil. “Um requisito de qualidade é a densidade de corrente que ela oferece. É muito relativo. Ninguém substitui a bateria de chumbo porque nenhuma outra bateria que eu te falei tem uma capacidade de corrente igual. Na partida do motor, ela é insubstituível. É uma questão técnica. Cada bateria e metal têm a sua aplicação”, diz.
Encontrei essas fotos no facebook, vou postar aqui para não deixar o blog às moscas nesses dias vindouros.