Cientista afirma ter teletransportado moléculas de DNA

Ok, ok, lá vou eu fazer uma coisa que não é do meu feitio, copiar e colar uma notícia aqui no blog.

Vi no TDC que viu no Inovação Tecnológica a notícia de que um prêmio Nobel pode ter descoberto um fenômeno revolucionário:

Moléculas de DNA que, supostamente, transmitiram suas informações genéticas através de campos magnéticos.

A controvérsia está criada, agora resta ao cientista provar a sua afirmação.

Para não estragar a matéria original, eu simplesmente dei um CTRL-C+CTRL-V logo a seguir. 

Cientista afirma ter feito teletransporte de DNA

O experimento mostraria que uma molécula de DNA pode transmitir as informações que contém, por meio de campos eletromagnéticos, para células distantes e até mesmo para a água. [Imagem: Site Inovação Tecnológica/Konrad Summers/Projeto Genoma Humano]

 

Leia mais na sequência do post!

 

 

 

 

 

 

 

Teletransporte de DNA

Seu nome é Luc Montagnier e sua biografia pode ser resumida a um feito único: ele ganhou o Prêmio Nobel de Medicina em 2008, por ajudar a demonstrar a conexão entre o HIV e a AIDS.

Montagnier agora está sacudindo as bases do mundo acadêmico com uma alegação absolutamente inesperada: ele afirma ter "teletransportado" as informações de moléculas de DNA.

"Se os resultados estiverem corretos," comentou Jeff Reimers, químico da Universidade de Sidnei, na Austrália, "isso será um dos experimentos mais significativos feitos nos últimos 90 anos, e exigirá uma reavaliação de todo o quadro conceitual da química moderna."

Nesta altura dos acontecimentos, a expressão "se os resultados estiverem corretos" está tendo mais ênfase entre os outros cientistas do que o alegado teletransporte de DNA, que poderá ter um impacto, na verdade, muito além da química.

O problema é que o artigo ainda não foi aceito para publicação por uma revista revisada pelos pares de Montagnier.

E, a julgar pela recente controvérsia de uma bactéria com jeitão alienígena, anunciada com estardalhaço pela NASA e depois largamente contestada por outros cientistas, o processo de avaliação desse artigo deverá levar mais tempo do que o normal.

Teletransporte quântico

Montagnier e seus colegas alegam ter feito um experimento que mostra que uma molécula de DNA pode transmitir as informações que contém, por meio de campos eletromagnéticos, para células distantes e até mesmo para a água.

Mais do que isso, o Prêmio Nobel afirma que enzimas podem tomar esse "carimbo" remoto de DNA por um DNA real, copiando-o para produzir a coisa real - o que faria do experimento uma espécie de teletransporte quântico da molécula de DNA.

O experimento consiste em dois tubos de ensaio, próximos mas separados fisicamente, colocados dentro de uma bobina de cobre, sujeitos a um campo eletromagnético fraco de frequência extremamente baixa, de apenas 7 hertz.

O conjunto é isolado do campo magnético natural da Terra, para evitar interferências.

O primeiro tubo contém um fragmento de DNA com cerca de 100 pares de base. O segundo tubo contém água pura.

Depois de um período que variou de 16 a 18 horas, o conteúdo dos dois tubos de ensaio foram submetidos à reação em cadeia da polimerase (PCR), o método rotineiramente usado para amplificar quantidades traço de DNA, usando enzimas para fazer inúmeras cópias do material original.

Foi aí que o mais surpreendente aconteceu: o fragmento de DNA foi aparentemente recuperado dos dois tubos de ensaio, incluindo aquele que só deveria conter água.

A maldição da diluição

Para incomodar ainda mais os cientistas mais conservadores, aqueles que se incomodam com resultados controversos, e que geralmente se colocam prontamente contra qualquer nova descoberta que possa abalar o "edifício da ciência", o DNA somente é teletransportado com sucesso depois que a solução original de DNA passa por diversos ciclos de diluição.

Diluição lembra homeopatia, e "cientistas céticos" - o termo é absolutamente sem sentido, mas há vários acadêmicos que se autodenominam assim -, cientistas céticos odeiam a homeopatia, argumentando que ela não possui bases científicas, e trabalham duro para desacreditá-la.

No experimento de teletransporte, em cada ciclo, a amostra original, do tubo número 1, foi diluída 10 vezes, e o DNA fantasma, do tubo número 2, só pode ser recuperado quando a amostra original é diluída entre sete e 12 vezes.

O teletransporte não funcionou nas super diluições usadas na homeopatia.

Vários cientistas ouvidos pela revista britânica New Scientist mostraram-se céticos quanto aos resultados.

Mas é difícil imaginar que a equipe de um pesquisador agraciado com o Prêmio Nobel seja ingênua a ponto de divulgar uma pesquisa tão controversa sem tomar todos os cuidados metodológicos necessários.

Cientista afirma ter feito teletransporte de DNA

O fragmento de DNA foi aparentemente recuperado dos dois tubos de ensaio, incluindo aquele que só deveria conter água. [Imagem: Montagnier et al.]

 

Ondas eletromagnéticas do DNA

Segundo o rascunho do artigo, os físicos da equipe sugerem que o DNA emite ondas eletromagnéticas de baixa frequência, que transmitem a estrutura da molécula para a água.

Essa estrutura, alegam eles, é preservada e amplificada por meio de efeitos de coerência quântica. Como a estrutura imita o formato do DNA original, as enzimas do processo PCR tomam-na pelo próprio DNA e, de alguma forma, usam-na como modelo para construir moléculas que coincidem com o DNA transmitido.

Mas se Montagnier e seus colegas não conseguiram de fato fazer o teletransporte do DNA, então o que eles descobriram?

"Os experimentos biológicos parecem intrigantes, e eu não posso desacreditá-los," disse Greg Scholes, da Universidade de Toronto, no Canadá, que demonstrou no ano passado que os efeitos quânticos ocorrem em plantas.

Klaus Gerwert, da Universidade Ruhr, na Alemanha, que estuda as interações entre a água e as moléculas biológicas, mostra preocupação quanto à persistência do fenômeno: "É difícil entender como a informação pode ser armazenada na água em uma escala de tempo maior do que picossegundos."

Memória da água

Em 1988, o cientista francês Jacques Benveniste publicou um artigo na revista Nature, onde ele e seus colegas afirmavam demonstrar que a água tinha memória.

Em seu experimento, a atividade de anticorpos humanos era retida em soluções tão diluídas que não poderiam conter quaisquer moléculas de anticorpos - o que estatisticamente também ocorre na homeopatia.

Frente a um enorme ceticismo, a revista convocou um "caçador de mitos" para averiguar a questão, que concluiu que os resultados eram "uma ilusão", gerada por um experimento mal projetado.

Em 1991, Benveniste repetiu seu experimento sob condições duplo cego e obteve novamente os resultados que demonstraram inicialmente a alegada "memória da água".

Contudo, nem a Nature e nem a Science aceitaram o novo artigo para publicação.

Desacreditado, o pesquisador foi expulso de seu instituto sob a alegação de haver manchado a reputação da instituição.

Benveniste morreu em 2004.

Única saída

O que se espera agora é que o experimento de Montagnier e seus colegas seja avaliado pelos seus pares com a isenção necessária - sem ser condenado previamente, sobretudo por conter a palavra maldita - "diluição".

Para isso, um único caminho pode ser trilhado: laboratórios independentes devem repetir os experimentos e checar os resultados.

 

Molécula do dia - Sacarose

 

AÇÚCAR é a droga da vez?

Nos EUA, especialistas em saúde e nutrição começam a tratar 
o açúcar com o mesmo rigor que isolou o tabaco do convívio 
social – e o alvo número 1 é o refrigerante

 

Montagem sobre foto Chris Collins/Corbis/Latin Stock

No dia em que o primeiro europeu colocou uma pitada de açúcar na boca, o mundo começou a girar mais rápido. A data precisa desse acontecimento não foi registrada pela história, mas se deu em algum momento da Idade Média. De lá para cá, na vertigem da descoberta do açúcar, a civilização ocidental passou a mudar num ritmo intenso. "O açúcar redesenhou o mapa demográfico, econômico, ambiental, político, cultural e moral do mundo", diz a historiadora canadense Elizabeth Abbott, autora de um livro sobre a civilização do açúcar, Sugar, a Bittersweet History (Açúcar, uma História Agridoce). Em séculos de tragédia e glória, o açúcar transformou a alimentação do Ocidente, escravizou gerações de africanos nas Américas, foi combustível da Revolução Industrial, promoveu guerras e impérios, dizimou paraísos ecológicos, ergueu e pulverizou fortunas – e, nos trópicos, moldou a identidade brasileira. Movido pela sua energia calórica, o mundo segue girando rápido, tão rápido que estamos agora na soleira de outra mudança vertiginosa: o açúcar começa a ser considerado um vilão da saúde humana, um veneno tão prejudicial que merece ser tratado com o mesmo rigor empregado contra – suprema decadência! – o tabaco. Está mais perto o dia em que um pacote de açúcar trará a inscrição: "O Ministério da Saúde adverte: este produto é prejudicial à saúde".

O açúcar, em suas várias formas, é o grande promotor da obesidade, mas seus níveis altos no sangue podem ser associados a quase todas as moléstias degenerativas, do ataque cardíaco ao derrame cerebral e ao diabetes. Existem suspeitas científicas sérias de que o açúcar possa até ser uma das causas de alguns tipos de câncer. Na lista, está o câncer de pâncreas, o mesmo que matou o ator Patrick Swayze aos 57 anos na semana passada. Em Harvard, pesquisadores acompanharam 89 000 mulheres e 50 000 homens e descobriram que os refrigerantes podem aumentar o risco de câncer de pâncreas em mulheres, só em mulheres. Antes que os homens se sintam premiados pela natureza, outro estudo, que examinou 1.800 doentes, sugere que uma dieta açucarada pode aumentar o risco de câncer do intestino grosso em homens, só em homens.

Fechando o cerco, o professor Walter Willett, uma sumidade acadêmica que chefia o departamento de nutrição da escola de saúde pública de Harvard, lidera o lobby para convencer a indústria a adotar uma fórmula de refrigerante menos prejudicial à saúde. Quer que cada latinha ou garrafa tenha, no máximo, 50 calorias, o equivalente a três colheres de chá de açúcar. Uma lata de refrigerante normalmente tem 150 calorias, o equivalente a dez colheres de chá de açúcar. Um adulto que bebe uma lata com 150 calorias por dia pode chegar ao fim de um ano quase 7 quilos mais gordo. Elegantemente, Willett declarou: "Quando um adulto se acostuma a comer tudo doce, fica difícil apreciar a doçura suave de uma cenoura ou uma maçã". No mês passado, outro golpe duríssimo. Pela primeira vez na história, a American Heart Association, a entidade dos cardiologistas, divulgou limites específicos para o consumo de calorias de açúcar. Surpreendentemente, definiu níveis inferiores aos comumente recomendados. As mulheres não devem consumir mais que 100 calorias de açúcar por dia, o que corresponde a pouco mais de seis colheres de chá de açúcar. Para os homens, o limite diário é de 150 calorias, ou dez colheres.

Os EUA são a barricada mais potente contra o açúcar do refrigerante, mas não a única. A Inglaterra e a França estão proibindo a propaganda de refrigerantes na televisão. No México, onde a obesidade cresce num ritmo assustador, o refrigerante está sendo banido das escolas. Na Alemanha e na Bélgica, a proibição vale até para o comércio nas imediações das escolas. Na Irlanda, celebridades não podem fazer comerciais de refrigerantes dirigidos ao público infantil. O açúcar e a obesidade que dele advêm são um problema em todo o planeta, inclusive no Brasil. Examinando dados relativos a 2005, a Organização Mundial de Saúde estimou que 1,6 bilhão de seres humanos estejam acima do peso e 400 milhões, obesos. É um colosso de gordura, uma fartura de matar de inveja nossos ancestrais da savana africana, eles que, coitados, se arrebentavam por uma mísera caloria. Já surgiu um neologismo para sublinhar a dimensão global da obesidade – é a "globesidade". Com sua autoridade científica, Willett prevê: "Obesidade e diabetes serão o desafio de saúde pública do século XXI".

Obviamente, há diferenças entre o açúcar e o tabaco em termos de agressão ao organismo. A começar pelo fato de que nunca precisamos de tabaco para viver, mas necessitamos de açúcar – embora nos baste o açúcar encontrado naturalmente nas frutas, no leite e no mel, nos legumes e temperos. Do ponto de vista exclusivo do funcionamento metabólico humano, é inteiramente desnecessário o açúcar que se adiciona a alimentos e bebidas, sucos, bolos, balas, doces, pudins, chocolates e a uma infinidade de produtos que nem desconfiamos conter açúcar, como cerveja e massa de tomate. Como tudo o que é desnecessário ao metabolismo, o açúcar em excesso faz mal à saúde. Outra diferença é que o tabaco causa 95% dos cânceres de pulmão, mas o açúcar não é, sozinho, o responsável por 95% dos casos de obesidade ou diabetes. A obesidade tem raízes múltiplas. O hábito de comer fora, a popularização das lanchonetes de fast-food, a invenção do freezer e do forno de micro-ondas, o estilo de vida sedentário, a superoferta de alimentos a preços acessíveis, tudo isso contribui para a obesidade. Nos EUA, há um ingrediente adicional: as porções diabolicamente generosas. O americano preza o gigantesco, o monumental. Esse traço cultural aparece na preferência nacional pelas caminhonetes enormes, pelas casas que parecem castelos, pelas calças largas do hip hop e, claro, pelos pratos enormes. A batata frita do McDonald’s é um indicador. Em 1960, cada porção tinha 200 calorias. Essa quantidade subiu para 320, 450, 540 e está em 610! Há estudos teorizando que o americano associa o tamanho das porções ao poder, à masculinidade. Assim, o jovem se sentiria mais macho ao entrar no cinema carregando não um saco, mas um balde de pipoca. Pode ser. Faz sucesso no país um lanche que se chama Del Taco Macho Meal. Pesa quase 2 quilos.

Apesar de todos esses fatores, o açúcar tem papel central na pandemia de obesidade, e o refrigerante é seu veículo mais popular, particularmente nos EUA. A América é a pátria da Coca-Cola, o único país do mundo cuja imagem é associada a um refrigerante. A Coca-Cola é o símbolo do sucesso americano. Ideologizada, sua marca representa o triunfo do capitalismo e, para os velhos comunistas italianos, nada mais era do que l’acqua nera dell’ imperialismo. Os americanos bebem 56 bilhões de litros de refrigerante por ano, quatro vezes o consumo brasileiro. Como um sinal dos tempos, o consumo de bebidas açucaradas cai, enquanto a venda de refrigerantes diet cresce, em média, 3% ao ano – desempenho sem precedentes na indústria. Mas, de todo modo, os americanos são grandes devoradores de açúcar. Do açúcar de cana, consomem 9,6 milhões de toneladas por ano. E ainda devoram outro tanto do açúcar conhecido pela sigla HFCS, um xarope de milho com alto poder edulcorante que é mais rapidamente absorvido pelo organismo humano do que o açúcar de cana refinado.

Americano obeso corre o risco de virar pleonasmo. Eles estão por toda parte. Andam encostados às paredes para descansar a cada dez passos. Usam bengala, cadeira de rodas. Nos hospitais, há mesas de cirurgia especiais para recebê-los. Há fábricas de caixões reforçados para defuntos muito obesos. Os militares dizem que 25% dos jovens são pesados demais para se alistar. Teme-se que, pela primeira vez desde a guerra civil (1861-1865), a expectativa de vida caia devido às mortes por obesidade. A estatística é tenebrosa: 34,3% dos americanos com 20 anos ou mais estão obesos. Entre as crianças de 6 a 11 anos, que bebem hoje mais refrigerante do que leite, a incidência chega a 17%. No Brasil, a situação é menos grave, mas preocupa (veja a tabela).


O refrigerante não virou o alvo número 1 do cerco ao açúcar apenas por causa do alto consumo. Há pesquisas mostrando que a ingestão de caloria em forma líquida pode ser mais prejudicial à saúde que a de caloria de alimentos sólidos. Por motivos ainda desconhecidos, a caloria em forma líquida dribla o radar do apetite humano e retarda a sensação de saciedade, o que nos leva a comer mais, e engordar. Com a caloria em forma sólida ocorre o contrário. Sempre que passa pela catraca, o apetite registra seu ingresso, reduzindo a quantidade do que precisamos comer para nos sentir satisfeitos. Tal como fez a turma do tabaco há meio século, os fabricantes de refrigerantes contestam essas informações científicas e usam suas próprias pesquisas. Susan Neely, presidente da American Beverage Association, que reúne as indústrias, já disse inclusive que não há prova de que o refrigerante cause obesidade. Como a venda tem caído e a obesidade não, isso é um sinal, diz ela, de que uma coisa não decorre da outra (como se fosse possível a obesidade oscilar no gráfico das vendas do atacado e do varejo). O professor David Ludwig, de Harvard, foi direto ao ponto. Examinou 111 artigos científicos. Descobriu que, dos estudos sem patrocínio da indústria de refrigerante, quase 40% apresentam conclusões contrárias aos interesses dos fabricantes. Dos artigos financiados pela indústria, todos – todos! – trouxeram conclusões que lhe são favoráveis.

Desde que o jornalista William Dufty (1916-2002) lançou Sugar Blues nos anos 70, um livro meio panfletário que virou um clássico na demonização do açúcar, disseminou-se cada vez mais a ideia de que açúcar engorda. VEJA consultou seis especialistas sobre os males que, com certeza científica, o açúcar em excesso pode causar, além da obesidade*. O resultado é uma devastação, porque um mal provoca outro, que por sua vez provoca um terceiro, colocando em movimento um carrossel que pode incluir cárie dentária, hipertensão, doenças cardiovasculares, derrame cerebral, falência renal, cegueira, doenças nervosas, amputações – e algo como seis a sete anos de vida a menos. É óbvio que ninguém que consome açúcar obrigatoriamente passará por esse calvário, e ninguém está proibido de beber uma lata de refrigerante, um copo de caldo de cana ou comer uma fatia de bolo. A questão está no excesso ou, mais propriamente, no que pode ser considerado o excesso.

A guerra contra o açúcar e suas diversas encarnações acabará produzindo, cedo ou tarde, mudanças sísmicas na vida de bilhões de pessoas. Ao atravessar o planeta das florestas da Polinésia até as Américas, a cana-de-açúcar alterou a dieta ocidental como talvez nenhum outro produto. Popularizou o sorvete, o chá, o café, o chocolate, o rum. Tomou de assalto nossos rituais afetivos. O açúcar está no chocolate do Dia dos Namorados. Está nos ovos de Páscoa dos pequenos, no pirulito com que docemente chantageamos a criança em troca de lhe sapecar um beijo. Está no bolo diante do qual os noivos bebem a taça de champanhe na festa de casamento. É difícil imaginar o mundo de hoje sem açúcar. O Brasil, então, é impossível.

Maior produtor e maior exportador do mundo, o Brasil está também entre os maiores consumidores. Mais que artigo econômico, o açúcar faz parte da identidade nacional. Na sua herança mais sombria, o açúcar é a escravidão negra, a açucarocracia, regime despótico do senhor de engenho. É o trabalho brutal, exaustivo e mutilante dos canaviais de ontem e hoje. Mas o açúcar também tem seu aspecto iluminado entre nós. Para o sociólogo Gilberto Freyre, ameigou nossas maneiras e gestos, amolengou as palavras do português falado no Brasil, que soa tão desossado, tão doce diante do português salgado e metálico de Portugal. O açúcar integrou-se de tal modo na alma brasileira que inspira sinônimos para todas as gradações. Na dose certa, é meiguice, suavidade, brandura. Com um grão de ousadia, é dengo e sedução. No exagero, é enjoo, tédio. O açúcar, sendo doce e amargo, é uma bela metáfora do próprio brasileiro, que funde em si mesmo, com desembaraço intrigante, o homem cordial e o homem violento. Que o açúcar tenha o destino que tiver de ter para que a humanidade seja saudável e feliz. Se um dia desaparecer da mesa, os brasileiros pelo menos terão o consolo de lembrar dele na doce, sensual e úmida definição do poeta Ferreira Gullar:

"Afável ao paladar
Como beijo de moça, água
Na pele, flor
Que se dissolve na boca."

 


 

 

 

* Os especialistas consultados por VEJA: David Ludwig e Frank Hu (Harvard), David Katz e Kelly Brownell (Yale), Silke Vogel (Columbia) e Barry Popkin (Carolina do Norte), esse último autor de O Mundo Está Gordo, recentemente lançado no Brasil pela editora Elsevier.

Mas, se o açúcar, como o tabaco, subir ao patíbulo, o refrigerante se tornará o cigarro da vez. Nos Estados Unidos, já há um movimento, incipiente mas sólido, integrado pelos cientistas mais reputados do país, contra o consumo de refrigerante. Os estados de Nova York e do Maine discutiram a possibilidade de cortar seu consumo a golpes de imposto. Em Nova York, o governador David Paterson propôs uma alíquota de 18%, mas recuou depois de perceber a má vontade dos parlamentares e a força do lobby do açúcar, cujo poder é lendário na política americana (veja a matéria). Recentemente, um artigo publicado no New England Journal of Medicine causou furor ao defender uma taxa punitiva sobre os refrigerantes. A repercussão se deveu à assertividade do artigo – que sugere tratar o açúcar como se tratou o tabaco – e à identidade de seus autores. Um é Kelly Brownell, renomado epidemiologista da Universidade Yale. O outro é Thomas Frieden, que, trabalhando na prefeitura de Nova York, liderou o combate à gordura trans e fez 300.000 nova-iorquinos largar o cigarro. Agora, Frieden assessora o presidente Barack Obama como cabeça do CDC, órgão que cuida do controle e da prevenção de doenças.

 

Gilberto Tadday

EPIDEMIA DE OBESIDADE
Cena comum nas ruas de Nova York: um dia, americano obeso será pleonasmo?

Edson Silva/Folha Imagem
O AÇÚCAR ESTÁ EM TODA PARTE 
O trabalho num armazém de açúcar no interior de São Paulo: ele está na economia e também na alma brasileira
Paulo Vitale

Vi a reportagem original no TRETA 

O que acontece quando água quente é atirada ao ar a -30ºC

Ela congela muito mais rápido por estar quente, e por isso forma-se aquela nuvem de cristais de gelo.

A diferença de temperatura entre a água quente e o ar frio é de aproximadamente 130ºC.

Esse efeito de congelamento rápido da água quente é conhecido como efeito Mpemba.

O estudante africano Erasto Mpemba observou que sua mistura para sorvete, colocada ainda quente no congelador, solidificou-se antes da mistura dos seus colegas. Isso aconteceu em 1963.

Aristóteles, Francis Bacon e Descartes observaram um fenômeno similar, mas não chegaram a propor uma explicação convincente.

Mpemba foi até ridicularizado pelos professores e colegas ao afirmar que a mistura quente congelava mais rápido que a fria.

Existem diversas tentativas de explicar o fenômeno, mas nenhuma é completamente satisfatória.

Agora, que é bonito ver a água quente virar uma nuvem de cristais de gelo, isso é.

Vi no Sedentário.    

Molécula do dia - Nitroglicerina

Nitroglicerina1.png

Se quiser saber mais, continue lendo. 

Nitroglicerina (NG), trinitroglicerina1,2,3-trinitroxipropano e trinitrate de glicerila , é um lpiquido pesado, incolor, oleoso e altamente explosivo obtido pela nitração da glicerina (sub-produto da produção de sabões). 

Foi descoberta por Ascanio Sobrero (1812-1888) em 1847, que primeiramente a chamou de "piroglicerina", misturando a glicerina, ácido sulfúrico e ácido nítrico.

Reação de produção da nitroglicerina a 30°C:

CH_2OH-CHOH-CH_2OH \; + \; 3HNO_3 \rightarrow C_3H_5(NO_3)_3 \; + \; 3H_2O

Desde 1860, ela tem sido usada como um dos ingredientes ativos na fabricação de explosivos, especialmente a dinamite, e como tal é empregada nas indústrias de construção e de demolição.

Desde 1880 ela tem sido usada para fins militares, como gelatinizador da nitrocelulose (outro explosivo) e em alguns propelentes sólidos substitutos da pólvora.

Em 1867, Alfred Nobel (criador do famoso prêmio que leva o seu sobrenome), instalou uma fábrica de nitroglicerina na qual fazia a nitroglicerina ser absorvida por um material poroso, absorvente e inerte como a sílica (areia, para fins de simplificar as coisas), pós de cerâmicas, argila seca, gesso, carvão e terras diatomáceas, obtendo uma massa moldável. Essa massa foi patenteada com o nome de dinamite.

 

 

Para vocês terem uma ideia do poder explosivo da nitroglicerina, se a gente pegar uns 900 gramas (4 mols) dela dá para obter até 53 mols de substâncias gasosas em estado superaquecido.

 

Usando a já manjada equação dos gases ideiais, 53 mols de gás rendem algo em torno de 1270 litros de gás a 25ºC.

 

Essa reação acontece muito rápido e uma enorme onda de choque é gerada, fazendo com que tudo à volta do explosivo detonado seja despedaçado.

 

A nitroglicerina é usada em medicina como vasodilatador. Quem tem artérias entupidas pode receber uma dose do medicamento na forma de injeção ou via oral. Outras drogas modernas destinadas ao uso médico são baseadas na fórmula da nitroglicerina.

 

Para encerrar com chave de ouro esse post, uma explosão em câmera lenta da nossa amiga nitroglicerina:

 

 

Leis básicas da natureza

1 - LEIS BÁSICAS DA CIÊNCIA MODERNA:

x Se mexer, pertence à Biologia.
x Se feder, pertence à Química.
x Se não funciona, pertence à Física.
x Se ninguém entende, é Matemática.
x Se não faz sentido, é Economia ou Psicologia.
x Se mexer, feder, não funcionar, ninguém entender e não fizer sentido, é INFORMÁTICA.

2 - LEI DA PROCURA INDIRETA:

x O modo mais rápido de encontrar uma coisa é procurar outra.
x Você sempre encontra aquilo que não está procurando.

3 - LEI DA TELEFONIA:

x Quando te ligam: se você tem caneta, não tem papel. Se tiver papel, não tem caneta. Se tiver ambos, ninguém liga.
x Quando você liga para números errados de telefone, eles nunca estão ocupados.
x Parágrafo único: Todo corpo mergulhado numa banheira ou debaixo do chuveiro faz tocar o telefone.
4 - LEI DAS UNIDADES DE MEDIDA:
x Se estiver escrito "Tamanho Único", é porque não serve em ninguém, muito menos em você…

5 - LEI DA GRAVIDADE:

x Se você consegue manter a cabeça enquanto à sua volta todos estão perdendo, provavelmente você não está entendendo a gravidade da situação..

6 - LEI DOS CURSOS, PROVAS E AFINS:

x 80% da prova final será baseada na única aula a que você não compareceu e os outros 20% será baseada no único livro que você não leu.

7 - LEI DA QUEDA LIVRE:

x Qualquer esforço para agarrar um objeto em queda provoca mais destruição do que se o deixássemos cair naturalmente.
x A probabilidade de o pão cair com o lado da manteiga virado para baixo é proporcional ao valor do carpete.

8 - LEI DAS FILAS E DOS ENGARRAFAMENTOS:

x A fila do lado sempre anda mais rápido.
x Parágrafo único: Não adianta mudar de fila. A outra é sempre mais
rápida.

9 - LEI DA RELATIVIDADE DOCUMENTADA:

x Nada é tão fácil quanto parece, nem tão difícil quanto a explicação do manual.

10 - LEI DO ESPARADRAPO:

x Existem dois tipos de esparadrapo: o que não gruda e o que não sai.

11 - LEI DA VIDA:

x Uma pessoa saudável é aquela que não foi suficientemente examinada.
x Tudo que é bom na vida é ilegal, imoral, engorda ou engravida.

12 - LEI DA ATRAÇÃO DE PARTÍCULAS:

x Toda partícula que voa sempre encontra um olho aberto.


FONTE