Molécula do dia - Trinitrotolueno

Pessoal, o molécula do dia de hoje é um pouquinho diferente.

Estou testando uma nova ferramenta da Web 2.0 e aproveitei essa seção do meu blog para ver como ficou o meu teste.

A molécula escolhida foi o 2,4,6-trinitrotolueno, velha conhecida de todo mundo que assistia aos desenhos do Papa-léguas (Speed Runner).

Se o teste der certo, vou escrever um post especial sobre a ferramenta que eu usei.

Divirtam-se e postem nos comentários as suas impressões.

50 anos da primeira viagem espacial tripulada por humano

Há exatamente 50 anos, o cosmonauta russo Yuri Gagarin (com 27 anos na época) decolou da base (Cosmódromo) de Baikonur, às 09:07 (hora local).

 (Aqui estão as coordenadas para quem quiser pesquisar no google maps: 45.880449,63.314209)

A bordo da nave Vostok I, ele circundou a Terra a uma velocidade de 27.400 kilômetros por hora. O voo durou 108 minutos. 

A órbita completa da nave pode ser visualizada nessa figura chupinhada da Wikipedia.

A nave Vostok I pode ser vista abaixo. (Por acaso eu tinha um caminhão de ferro que puxava um foguete muito similar a este, na época em que eu era criança.)

Como vocês podem ver, a nava só tinha condições de decolar e o pobre russo teria que realizar o pouso de forma muito arriscada.

Exatamente a 7000m de altitude, ele foi ejetado do módulo espacial em uma cadeira dotada de para-quedas.

A equipe de resgate o aguardava no solo, mas teve que se deslocar 400 km para conseguir salvar o cosmonauta.

Dizem que um camponês foi testemunha do pouso do astronauta, o coitado ficou tão assustado que pensou que Gagarin fosse um alienígena.

Dada a importância do feito de Gagarin e dos russos, o Google lançou até um doodle especial (abaixo).

Ah, também consultei esse blog muito legal aqui, ó!

Elsevier desqualifica 11 artigos científicos de um grupo brasileiro

Deu no blog Retraction Watch, mas li mesmo foi na timeline do Facebook do Rodrigo Leal, meu colega de profissão.

A editora Elsevier desqualificou 11 artigos de Química de um grupo brasileiro, pois detectou inúmeros indícios de fraude nesses trabalhos.

Os artigos estão em revistas de outubro de 2009 em revistas como "Journal of Colloid and Interface Science" Immobilization of 5-amino-1,3,4-thiadiazole-thiol onto kanemite for thorium(IV) removal: Thermodynamics and equilibrium study, de autoria de Denis L. Guerra, Marcos A. Carvalho, Victor L. Leidens, Alane A. Pinto, Rúbia R. Viana, and Claudio Airoldi.

A Elsevier deixa bem claro quais são os critérios para tomar tal atitude, é só clicar no link a seguir para ler. http://www.elsevier.com/locate/withdrawalpolicy

A seguir, uma lista de papers considerados fraudulentos pela editora:

- Journal of Colloid and Interface Science 337 (2009) 122–130

- Inorganic Chemistry Communications 12 (2009) 1145–1149

- Journal of Environmental Radioactivity 101 (2010) 122–133

- Process Safety and Environmental Protection 88 (2010) 53–61

- Journal of Physics and Chemistry of Solids 70 (2009) 1413–1421

- Applied Surface Science 256 (2009) 702–709

- Inorganic Chemistry Communications 11 (2008) 20–23

- Inorganic Chemistry Communications 12 (2009) 1107–1111

- Journal of Hazardous Materials 172 (2009) 507–514

- Journal of Hazardous Materials 171 (2009) 514–523

- Journal of Colloid and Interface Science 338 (2009) 30–39

Não é preciso dizer que a publicação de um artigo em revistas indexadas internacionalmente é um importante fato na vida de um pesquisador, bem como uma das pedras fundamentais da pesquisa científica mundial. Os editores da revista definiram políticas e linhas-de-guia éticas que devem ser obedecidas pelos autores e editores e ela faz de tudo para que essas normas sejam cumpridas por todos.

Eles reuniram provas conclusivas de fraude e decidiram denunciar tais artigos em suas revistas.

É possível encontrar diversos outros papers do mesmo grupo brasileiro que não foram retirados de circulação pela Elsevier, incluindo um no Journal of Hazardous Materials publicado recentemente,  “Organofunctionalized Amazon smectite for dye removal from aqueous medium–kinetic and thermodynamic adsorption investigations.”

Alguns desses artigos receberam mínima atenção de outros pesquisadores. Entretanto, um paper de 2008 no Inorganic Chemistry Communications, Performance of modified montmorillonite clay in mercury adsorption process and thermodynamic studies,” foi citado 31 vezes, de acordo com o Web of Science.

Os editores da Elsevier contataram o autor, da UNICAMP, por e-mail. De acordo com o pesquisador, no ano passado um jovem pesquisador português acusou o grupo de Airoldi de ter fabricado imagens de RMN em 11 artigos, particularmente para os átomos de carbono e sílica.

 Os espectros usados nas imagens estavam errados, disse o cientista português. Airoldi disse que ele era apenas um usuário da técnica de RMN e que nunca tinha utilizado-a incorretamente.

Os paers estavam entre aproximadamente 21 que Airoldi escreveu com Guerra, na época um estudante de graduação, o qual está agora na Universidade Federal de Mato Grosso. Guerra não foi encontrado para dar um pronunciamento. Já Airoldi alega ter mais de 400 publicações, e disse que ele convidou o professor português para escrutinar os dados em busca de evidências de fraude, mas não recebeu resposta também.

Airoldi defendeu-se e ao seu colega Guerra, dizendo que eles "não fabricaram os espectros". O pesquisador português, de acordo com ele, estimulou a Elsevier "na direção" de um julgamento de fraude.

Airoldi, por sua vez, disse por e-mail:univ

Agora eu estou em más condições em minha Universidade e talvez venha a sofrer algumas restrições.

Dica de Site - Enciclopédia Brittanica Online

Recebi a dica por e-mail e repasso aos leitores do blog:

A Diretoria de Educação Básica Presencial - DEB, em colaboração com a Coordenação Geral do Portal de Periódicos, articulou o projeto Britannica Escola Online, um portal para crianças de seis a onze anos, que cursam o ensino fundamental.

Ao acessar a interface da Britannica Escola Online, alunos e professores das escolas públicas de todo o país poderão utilizar durante o processo de aprendizado ferramentas de ensino e recursos multimídia disponíveis no Portal, como artigos de enciclopédia, imagens e vídeos, um atlas do mundo que incorpora a tecnologia do Google Maps, biografias, notícias diárias voltadas para as crianças, recursos interativos de geografia, jogos interativos, entre outros.

Essa ferramenta de ensino está disponível no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no Portal do Professor e no Portal do Aluno.

 

FONTE

200 anos do nascimento de Robert Bunsen

 

Hoje fui fazer uma rápida consulta ao Google e me deparei com um doodle especial (doodle são aquelas firulas que a Google faz com o seu logotipo).


Segundo a Wikipedia, Robert Wilhelm Eberhard Bunsen nasceu em 30 de março de 1811 em Göttingen (mas pode ter nascido dia 31, também).
Faleceu em 16 de agosto de 1899.

Ele era um Químico alemão responsável por diversas descobertas e técnicas de laboratório, mas não foi o pai do queimador que leva o seu nome (os famosos bicos de Bunsen).

Como assim?

Bom, ele aperfeiçoou o equipamento em conjunto com seu assistente Peter Desaga, ambos trabalhavam no laboratório de Gustav Kirchhoff investigando emissões de luz em gases de diversas substâncias.

Bunsen inventou, também, um espectroscópio, que permitiu a ele e a Kirchhoff descobrir o elemento químico Hélio. Um dia, eles apontaram o sensor desse equipamento para um feixe de luz solar, o equipamento registrou uma série de linhas espectrais que não batiam com nenhum elemento químico conhecido até então. Logo, eles fizeram a suposição de que estavam perante um novo elemento.

Como o tal elemento foi descoberto no Sol, nada mais natural do que batizá-lo com o nome grego desse astro "heliós".

 Só para dar uma explicação simplista, cada elemento químico emite uma série de comprimentos de onda ao ser aquecidos em uma chama.

Bunsen usava a chama do queimador que leva o seu nome para excitar átomos de um determinado elemento, depois ele capturava a luz emitida por ele com o seu espectroscópio e decompunha a luz colorida em diversos componentes (chamados de raias espectrais).

Cada elemento emite apenas um conjunto limitado de raias espectrais, e nenhum elemento repete as raias de outro.
A soma de todas as raias dá o que chamamos de "cor".

Assim, uma amostra de sódio vai emitir uma luz amarela, uma amostra de cobre vai emitir uma luz verde, uma amostra de potássio uma bela cor lilás, e por aí vai.

Esse é o princípio que permite a criação dos belos fogos de artifício, sabiam?

Bom, o post é só para comemorar o aniversário desse brilhante cientista e eu já me estendi demais.

Aproveitem bem o dia!