Cientistas "transmutam" ácidos em bases

Notícia veiculada no Portal Dia a Dia Educação via Inovação Tecnológica:
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Químicos conseguiram realizar em laboratório um feito que até agora era considerado impossível: eles transformaram em bases uma família de compostos que normalmente são ácidos.

Como todos podem se lembrar de suas aulas de química, ácidos são o oposto químico das bases.

Ácidos viram bases

Mas o Dr. Guy Bertrand e seus colegas da Universidade de Riverside, nos Estados Unidos, fizeram ácidos virarem bases.

"O resultado é totalmente contra-intuitivo," comentou o Dr. Bertrand. "Quando eu apresentei recentemente os resultados preliminares desta pesquisa em uma conferência, o público estava incrédulo, dizendo que era algo simplesmente inatingível.

"Mas nós conseguimos: nós transformamos compostos de boro em compostos similares ao nitrogênio. Em outras palavras, nós fizemos ácidos se comportarem como bases".

Compostos do elemento boro são ácidos, enquanto compostos de nitrogênio ou fósforo, por exemplo, são básicos.

O feito abre caminho para uma série totalmente nova de reações químicas, com aplicações potenciais na indústria farmacêutica e de biotecnologia, na fabricação de novos materiais e novos catalisadores, apenas para citar alguns exemplos.

"É quase como transformar um átomo em outro átomo," diz Bertrand.

Catalisadores

O pesquisador é especialista em catalisadores.

Representação tridimensional de uma molécula de ácido que foi modificada para base.


A "alquimia" que permitiu a transformação de ácidos em bases foi possível modificando-se o número de elétrons no boro, sem alterar seu núcleo atômico. [Imagem: Science]

Um catalisador é uma substância - geralmente um metal, ao qual se ligam íons ou compostos - que permite ou facilita uma reação química, mas não é consumida e nem alterada pela reação em si.

Embora apenas cerca de 30 metais sejam usados para formar os catalisadores, os íons ou moléculas de ligação, chamados ligantes, podem ser contados aos milhões, permitindo a criação de numerosos catalisadores.

Atualmente, a maioria desses ligantes compõe de materiais à base de nitrogênio ou fósforo.

"O problema com o uso dos catalisadores à base de fósforo é que o fósforo é tóxico e pode contaminar os produtos finais", disse Bertrand. "Nosso trabalho mostra que agora é possível substituir ligantes de fósforo em catalisadores por ligantes de boro. E o boro não é tóxico," explica o pesquisador.

Revolução na catálise

A "alquimia" que permitiu a transformação de ácidos em bases foi possível modificando-se o número de elétrons no boro, sem alterar seu núcleo atômico.

"As pesquisas com catálise têm avançado em pequenos passos incrementais desde a primeira reação catalítica, feita em 1902 na França. Nosso trabalho é um salto quântico na pesquisa de catálise porque uma vasta família de novos catalisadores agora passa a estar disponível.

"Quais tipos de reações esses novos catalisadores à base de boro são capazes de facilitar é algo que ainda não se sabe. O que se sabe é que eles são potencialmente numerosos," conclui Bertrand.

Abismo educacional entre classes sociais

Notícia veiculada no site da BBC Brasil via Google News.
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Com a adesão de cerca de 40 milhões de pessoas na última década, a classe média tornou-se majoritária no Brasil, englobando 52% da população. Mas a ambição do grupo por novas chances de ascensão pode ser bloqueada pelo abismo educacional que o separa da classe alta, segundo uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência (SAE).

Feito com base na última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios), de 2009, o levantamento revela que, embora os índices educacionais da classe média tenham avançado bastante nos últimos anos, seguem distantes dos da classe alta: ao passo que 87% dos brasileiros mais ricos concluem o ensino médio, apenas 59% da classe média alcançam o mesmo estágio.

 

O grupo também fica muito atrás quanto a anos de estudo e gastos com educação. Enquanto cada membro da classe média despende, em média, R$ 52 com educação por mês, entre os mais ricos, o gasto chega a R$ 220.

Batizada de A Classe Média em Números, a pesquisa traça os perfis das três faixas de renda brasileiras (baixa, média e alta) conforme critérios educacionais, habitacionais e regionais e define como classe média os brasileiros com renda familiar mensal entre R$ 1.000 e R$ 4.000.

Segunda faixa mais numerosa, a classe baixa representa 34% da população; já a classe alta é engloba 12% do total dos brasileiros.

Acesso às universidades

Para o secretário de Assuntos Estratégicos da SAE, Ricardo Paes de Barros, "o acesso à educação é a grande diferença entre as classes média e alta".

Segundo ele, o levantamento mostra que a classe média dá crescente importância à educação - o grupo vem investindo quantias cada vez maiores com os estudos.

 

Para reduzir a distância que a separa da classe alta, porém, Paes de Barros diz ser necessário dar maior ênfase à qualidade do ensino médio público e ampliar o acesso da classe média às universidades e ao ensino técnico.

O acesso à cultura também se mostra uma grande barreira entre os dois grupos: enquanto cada integrante da classe média gasta R$ 37 por mês com recreação e cultura, os mais ricos gastam R$ 127.

Nesse caso, o secretário afirma que a classe média tem a desvantagem de crescer mais em cidades médias e pequenas, onde a oferta de bens culturais é menor. "Precisamos ver como levar cultura até eles", disse à BBC Brasil.

Bens e serviços

A pesquisa revela ainda disparidades entre os grupos populacionais quanto ao acesso a bens e serviços.

Apenas 30% da classe média tem acesso à internet em casa, índice bem inferior ao da classe alta (72%). O telefone fixo está presente em 48% dos domicílios de classe média e em 81% dos lares mais ricos.

Há ainda diferenças significativas no acesso a saneamento adequado (76% na classe média, 92% na alta) e gastos com saúde (R$ 135 por mês por pessoa na classe média, R$ 438 na alta).

Filme - O óleo de Lorenzo

O texto a seguir não é de minha autoria, os créditos são dados ao final do post.
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(Lorenzo's Oil), Drama 1992 (EUA) 135 min, Direção: George Miller

Estes recortes do filme "O Óleo de Lorenzo" demonstram como ocorre o processo de pesquisa científica. A ciência não é neutra e desinteressada, evolui motivada por interesses de grupos, pessoais, políticos e econômicos. O conhecimento científico não se constrói a partir de um grande número de observações e generalizações feitas sobre um objeto com um olhar supostamente neutro, mas a partir de um problema de pesquisa a ser resolvido.
O filme traz diversos problemas para serem investigados pela ciência, tanto a doença (porque ocorre, como entender seu processo bioquímico, como curá-la) como as substâncias - ácido oléico (CH3(CH2)7CH=CH(CH2)7COOH onde o termo oléico significa derivado do petróleo ou da azeitona) e ácido erúcico (C22H42O2 é um ácido graxo omega-9 monoinsaturado, notado como 22:1 ω-9), cuja mistura na proporção de 4:1 de trioleato trierucate glicerol e glicerol compõe o óleo usado por Lorenzo que faleceu em 2008 aos trinta anos de idade.

FONTE via Prof. Marcelo Lambach do Portal Dia-a-dia Educação/Química

Dicas de sites - Calculadoras Científicas

Desde a morte da minha HP48G eu fiquei órfão de calculadoras científicas.

Tá, eu uso aquelas porcarias compradas em camelô e que sempre têm o nome "CASIO" impresso (muito mal) no topo.

O problema é que essas calculadoras sempre são de baixa qualidade e, invariavelmente, acabam te deixando na mão, como acabou de acontecer comigo.

Eu lá, precisando corrigir uma pá de provas e a dita cuja da minha "CASIO" insistindo em não me deixar usar o botão de notação científica.

Pensei em lançar mão do bom e velho google.com para fazer as contas, mas a mania dos yankees de usar ponto ao invés de vírgula torna o serviço um inferno para quem usa notebook sem teclado numérico. 

Daí que, no desespero, saí a caçar uma calculadora científica para comprar pelas internerds. Não achei um site chinês que venda calculadoras científicas, mas me deparei com sites que simulam essas funções.

Entonces, ficam aí as minhas dicas para vocês:

O primeiro site é o http://ecalc.com.

Esse sitesimula a tal calculadora que eu precisava para corrigir provas, contendo todas as funções matemáticas tradicionais necessárias a alguém da área das exatas.

Ela funciona como uma calculadora gráfica, traçando até três funções simultaneamente e permitindo variar parâmetros dessas funções. Além de tudo, ela é personalizável.

Espero que tenham gostado das dicas.

P.S.: Nem vou citar as alternativas "free" que existem no mundo Linux, mas tenham certeza que existem aos montes.

Comidas gordurosas são tão viciantes quanto as dorgas

    Substância similar à maconha explica gula por comidas gordurosas

Os edocanabinoides, substâncias produzidas pelo intestino, são liberados e responsáveis pelo comportamento

 

 

Stock.xchng / Divulgação

 

Estudos recentes mostraram que a batata frita é um dos principais vilões do ganho de peso. A revelação não é tão surpreendente, mas, alguma vez você já se perguntou por que não consegue comer apenas uma batata ou um salgadinho? 

Uma pesquisa realizada na Universidade da Califórnia e publicada no informe de saúde UC Health revelou que as gorduras presentes nestes alimentos os tornariam quase irresistíveis por desencadear o mecanismo biológico que controla a nossa gula. Os endocanabinoides, substâncias produzidas pelo intestino e similares a componentes da maconha, são ativados e responsáveis pelo comportamento.

Segundo o coordenador do estudo Daniele Piomelli, a produção inicia a liberação de substâncias digestivas ligadas à fome e a saciedade que nos obrigam a comer mais. No entanto, o processo só foi confirmado durante a ingestão de gorduras, pois açúcares e proteínas não têm o mesmo efeito. 

— Esta é a primeira demonstração de que os sinais dos endocanabinoides no intestino tem um papel importante na regulação da ingestão de gordura — disse o pesquisador, que utilizou ratos na experiência.

De acordo com o professor, do ponto de vista evolutivo dos animais, há uma necessidade de consumir gorduras, que são escassas na natureza, mas essenciais para o funcionamento celular adequado. Na sociedade humana contemporânea, porém, as gorduras estão prontamente disponíveis e a nossa "ativação inata" para ingeri-las pode levar à obesidade, diabetes e câncer.

As descobertas sugerem que seria possível tratar o problema bloqueando a atividade endocanabinoide, usando, por exemplo, drogas que "entopem" os receptores das substâncias. Uma vez que essas drogas não precisariam entrar no cérebro, o tratamento não causaria efeitos colaterais como ansiedade e depressão.

O trabalho é pioneiro e mostra novos alvos para tratamentos contra a obesidade e outras doenças.

 

Vi no facebook da Fabiana que viu no ClicRBS.