Que veneno de cobra pode matar não é segredo pra ninguém, mas o vídeo divulgado pela BBC mostra o que acontece com o sangue depois que o ser humano é picado pelo animal.
No vídeo, depois de tirar o veneno da cobra o pesquisador pinga apenas uma gotícula na amostra de sangue humano. O resultado é que, em poucos segundos, o sangue coagula de forma impressionante e fica parecendo uma gelatina.De acordo com o especialista do Instituto Butantan, Savio Stefanini Sant'Anna, a serpente que aparece no vídeo é a peçonhenta do tipo Daboia Russelii, muito comum na Índia e no Sudeste Asiático. Essa espécie é responsável por muitas mortes no território indiano pois existe em grande quantidade e habita áreas densamente povoadas.
Faz tempo que eu não escrevo um post para essa seção do blog, então hoje eu resolvi tirar a poeira e falar sobre uma molécula interessante e sobre algumas curiosidades acerca dela.
A capsaicina é o principal componente das pimentas, é um composto incolorm inodoro e insípido.
Sua fórmula molecular é (CH3)2CHCH=CH(CH2)4CONHCH2C6H3-4-(OH)-3-(OCH3).
Sua fórmula estrutural plana é
A forma espacial do confôrmero estável da capsaicina pode ser representada por:
O nome IUPAC é 8-Metil-N-vanillil-trans-6-nonanamida.
Também atende pelos nomes de (E)-N-(4-Hidróxi-3-metóxibenzil)-8-metilnon-6-anamida, trans-8-Metil-N-vanillilnon-6-anamida, (E)-Capsaicin,CPS ou simplesmente C.
A capsaicina é irritante para os mamíferos, incluíndo estes que andam sobre duas patas e se chamam de humanos.
Ela produz uma sensação de queima nos tecidos com os quais entra em contato.
Ela é, na verdade, o ápice de uma série de compostos chamados de capsaicinoides e que são metabólitos secundários produzidos por pimentas chilli, provavelmente como defensivos naturais contra certos herbívoros e fungos.
A capsaicina pura é hidrofóbica (odeia água), é incolor, sem odor e tem aspecto cristalino ou até de cera.
Isso significa que se você comeu um pouco de pimenta ardida não adianta muito tomar água. Você precisa ingerir algo que dilua a capsaicina, como óleo, azeite ou até mesmo leite.
O composto foi extraído pela primeira vez em 1815 por Christian Friedrich Bucholz.
Em 1930 ela foi sintetizada em laboratório por E. Spath e S. F. Darling.
Em 1873, o farmacologista Alemão Rudolf Buchheim, seguido pelo Dr húngaro Endre Hőgyes (1878), descobriram que a sensação de queimação era produzida quandoa substância entrava em contato com as membranas mucosas e aumentava a secreção de suco gástrico.
Além dos seus óbvios usos culinários (tem louco pra tudo), ela tem aplicações médicas.
Ela é usada em cremes contra dores musculares, neurálgicas, artríticas e dores nas costas. Existem cremes para tratamento da psoríase que usam a capsaicina como componete ativo.
Também é vendida na forma de bandagens para aplicação direta no local dolorido.
Alguns estudos afirmam que, por elevar a temperatura corporal por algum tempo, a capsaicina pode ser usada para regular níveis de açúcar no sangue e, por isso, pode ser usada em tratamentos contra o diabetes e também contra a obesidade.
CURIOSIDADE
A escala Scoville
Em 1912, enquanto trabalhava para uma farmacêutica, o farmacologista e químico Wilbur Scoville desenvolveu um método para medir o "grau de calor" das pimentas.
Este teste é chamado de Teste Organoléptico de Scoville ou Procedimento de Diluição e Prova.
Um extrato alcoólico do óleo de capsaicina obtido de uma medida de pimenta seca é adicionado incrementalmente a uma solução aquosa de açúcar até que o "calor" provocado pela ingestão dessa solução não seja mais detectado por um grupo de pelo menos cinco provadores humanos (coitados).
O grau de diluição dá uma medida na escala Scoville.
Um simples pimentão possui um valor de zero na escala, pois não possui capsaicina detectável por humanos.
As pimentas chilli, por sua vez, tem um valor na escala que equivale a 200.000 ou mais, indicando que seus extratos precisam ser diluídos 200,000 vezes antes da capsaicina presente se tornar indetectável.
O grande problema nesse método é que ele se baseia em impressões humanas e, portanto, é muito impreciso e subjetivo.
Cada testador (coitado), só pode provar uma amostra por sessão.
A capsaicina quando pura equivale a 15 milhões de unidades Scoville!!!!!! Ou seja, precisa ser diluída 15.000.000 de vezes para poder se tornar indetectável.
Se você beber uma simples xícara de capsaicina pura, terá que tomar 15.000.000 de xicaras de água para não morrer de queimadura, hehehehe.
Veja uma imagem bem ilustrativa que mostra o poder relativo das pimentas.
Então tá, fica aí a minha dica "quente" de molécula do dia!
E na próxima vez que você provar uma pimenta um pouco mais ardida e tiver que soltar uma lágrima máscula pelo canto do olho, apenas diga com firmeza:
"Não estou chorando por causa da pimenta, é que estou com saudades da minha terra natal!"
Uma boa sexta-feira a todos!
Vi a dica no facebook da minha amiga e colega Fabi Mansilla. ;)
Para quem não sabe, sudoku é um jogo de raciocínio lógico que envolve números, em geral.
O objetivo é conseguir encaixar o números de um a nove dentro de cada espaço sem que eles se repitam nas linhas e colunas.
Existem sudokus com mais linhas e colunas, bem maiores e bem mais difíceis. Assim como existem sudokus com desafios adicionais (3D, por exemplo).
No sudoku tradicional, um quadrado com dimensões 9X9 é dividido em quadrinhos nenores com dimensões 3X3.
Dentro de cada quadradinho 3X3 os numeros de 1 a 9 também devem aparecer sem se repetir nas linhas e colunas.
Nesse Sudoku químico, os números são substituídos pelos símbolos dos elementos químicos, mas as regras do sudoku permanecem as mesmas.
Não repita um mesmo elemento na linha ou coluna e nem dentro do quadradinho 3x3.
Quando eu arranjar um tempo para resolver esse desafio, posto o resultado aqui.
Boa diversão.
Vi a matéria no Canal Fala Química, no facebook.
Daí fui pesquisar o link original e compartilho a tradução agora com vocês:
Notícia publicada no dia 24 de Fevereiro de 2012
---------------------------------
Pesquisadores australianos desenvolveram um modelo para resolver a origem dos nanodiamantes meteóricos, um quebra-cabeças cosmológico antigo. Seu trabalho pode também ter um impacto sobre um processo importante no planeta Terra: sintetizar diamantes artificiais.
Até recentemente, investigar a vida do universo em seus estágio iniciais era possível apenas através de espectroscopia. Pela observação da radiações antigas provenientes do espaço, os astrônomos podem efetivamente olhar para trás na história. Isso mudou no final dos anos 1980 quando nanodiamantes (minúsculas partículas de diamente de menos de 2 nm de tamanho obtidas a partir de meteoritos) mostraram conter isótopos nãp usuais de gases nobres que indicavam suas origens fora do nosso sistema solar.
'Essas amostras foram realmente importantes porque foi a primeira vez que nós pudemos dizer "Isso realmente veio de fora do nosso sistema solar,"' disse Rhonda Stroud, que estuda nanodiamantes meteóricos no US Naval Research Laboratory em Washington.
Entretanto, desde a sua descoberta, os nanodiamentes têm confundido mais do que esclarecido, com a aparentemente conflitante evidência a respeito da sua idade e origem frustrar todas as tentativas de desenvolver um modelo realista para a formação dos nanodiamantes que se encaixe em todos os dados. Agora, Nigel Marks da Universidade Curtin em Perth, Australia, e seus colegas propuseram um novo modelo para a formação dos nanodiamantes, os quais eles acreditam oferecer a solução mais simples e óbvia.
Na figura, à medida que as "cebolas" colidem com a superfície, elas se transformarm em diamantes.
© Phys. Rev Lett.
|
O modelo de Marks é baseado na colisão de "cebolas" de carbono - camadas concêntricas de moléculas de fulereno que podem ocorrer naturalmente no espaço. "Cebolas de carbono estão absolutamente em todos os lugares," diz Marks, "em qualquer lugar que exista vapor de carbono, ele se resfria espontaneamente para formar essas estruturas concêntricas de cebola. O telescópio Spitzer tem mostrado que o espaço está cheio de fulerenos e eu ficaria tremendamente surpreso se ele não estivesse cheio dessas cebolas também. De fato, cebolas são mais fáceis de formar." E à medida que elas se formam, as cebolas encapsulam outras espécies, fornecendo uma "explicação elegante para como os isótopos terminam capturados dentro dessas estruturas". Quando essas cebolas colidem umas com as outras, ou com outros materiais, na velocidade adequada, a força do impacto faz com que ocorra uma transição de fase para a forma diamante.
Mark tropeçou na sua descoberta enquanto conduzia simulações computacionais para investigar anomalias estruturais em uma cobertura fina de carbono. "Nós rodamos muitas, muitas simulações," disse Marks" e em boa parte dos casos nós observamos que se formou diamante. Nós descobrimos que esse grande enigma existia na astrofísica e quando nós procuramos as condições em nossas simulações, elas eram exatamente as encontradas no espaço." Marks sugere que as condições ordinárias poderiam permitir a formação de nanodiamantes antes e durante a formação do nosso sistema solar, resolvendo a confusão relativa à evidência de idade dos nanodiamantes.
Rhonda Stroud diz que o modelo de Marks é bastante convincente mas pode não ser a única explicação. "Eu suspeito que existirão múltiplas origens, múltiplas populações de nanodiamantes e uma vez que nós possamos medi-las individualmente, nós estaremos aptos a distinguir os diamantes de diferentes origens".
Stroud também nota que a identificação inequívoca da idade e origem de nanodiamantes específicos requerirá técnicas analíticas potentes que estão apenas começando a se tornar dispo níveis.
"O processo de transformação das cebolas de carbono por choque é bastante realista," confirma Sasha Verchovsky da Open University, Reino Unido, que também trabalha nos cálculos do fenômeno dos nanodiamantes. "Será interessante fazer esse experimento para produzir nanodiamentes a partir de cebolas de carbono."
Para Marks, a verificação experimental desse modelo e suas implicações para a ciência dos materiais são o aspecto mais interessante do seu trabalho. "Nós queremos agora criar aparatos que contenham apenas cebolas de carbono e então controlas suas colisões com superfícies," diz ele. "O que será a peça fundamental de evidência ... nós estamos aptos a fazer coisas que nós normalmente não fazemos com carbono ... e se funcionar, nós teremos uma nova forma de produzir diamante."
Referências
N Marks, M Lattemann and D McKenzie, Phys. Rev. Lett., 2012, 108, DOI:10.1103/PhysRevLett.108.075503
Bônus: vídeo com uma animação da simulação computacional
Respeitei...
Notícia ctrl-c+ctrl-v, mas tá valendo:
----------------------------------------------------------------------------------------
Quando questionada sobre por que é cientista, a geneticista Luiza Bossolani Martins, doutoranda da Unesp (Universidade Estadual Paulista), foi taxativa: "Desde pequena queria descobrir a cura de doenças. Não dá para explicar."
Agora, a psicologia quer entender aquilo que Martins não consegue explicar: o que leva algumas pessoas a terem comportamento científico?
A atitude questionadora de quem quer entender o que está ao seu redor, independentemente de a pessoa ser mesmo cientista, é alvo de uma disciplina recém-criada, a "psicologia da ciência".
Idealizada pelo psicólogo norte-americano Gregory Feist, da Universidade San Jose, na Califórnia, a área reúne pesquisas sobre os aspectos que envolvem o interesse pela ciência --tudo isso sob o guarda-chuva da psicologia.
Esses trabalhos já têm até periódico próprio: o jornal do ISPST (sigla de Sociedade Internacional de Psicologia da Ciência da Tecnologia).
"Entendendo os aspectos da personalidade, da cognição e do desenvolvimento do talento científico, teremos mais condições para incentivar jovens com essas qualidades para uma carreira em ciência", disse Feist à Folha.
De fato, conversas com cientistas deixam claro que o incentivo, especialmente na escola, contam muito na escolha pela carreira científica.
"Sou cientista por uma razão muito simples: tive um professor de ciências na escola cujas aulas eram fascinantes", conta o fisioterapeuta Nivaldo Parizotto.
Ele é professor da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e está nos EUA hoje para estudar a ação do laser no envelhecimento.
Outro relato comum entre os cientistas é uma vontade de "explicar o mundo".
"Por que abriria mão de escrever um pouco mais sobre como as coisas funcionam?", questiona o físico Pierre Louis de Assis, que faz pós-doutorado na Universidade Joseph Fourrier, na França.
Via facebook do meu amigo Kendi.
Para Clara Lazen, 10 anos, uma atividade de sala de aula resultou em uma descoberta científica.
Como o seu Professor de Química, Robert Zoellner confirmou, a curiosidade da aluna de 5º ano levou a uma nova molécula, e sua primeira menção em um periódico científico.
Quando Kenneth Boehr instruía sua classe de 5º ano na Escola Border star Montessori em Kansas City (Missouri), a construir moléculas com kits de modelagem molecular, ele não esperava que um de seus estudantes fizesse uma descoberta científica.
Mas isso foi o que aconteceu quando Clara Lazem, 10 anos, aleatoriamente arranjou uma combinação única de átomos de oxigênio, nitrogênio e carbono. O resultado foi uma molécula que Boher nunca tinha visto antes.
Então ele enviou um e-mail para um amigo de longa data e professor de Química na HSU Robert Zoellner, um Químico Computacional (\o/) que usa softwares para modelar matematica as propriedades das moléculas.
"Ken enviou-me uma foto da molécula no meu celular e comumente eu posso dizer corretamente se ela é real," disse Zoellner. Desta vez, ele não pôde dizer isso.
Então ele colou o arranjo molecular no Chemical Abstracts, uma base de dados online pesquisável através da Bibllioteca da HSU que contém literatura relacionada a Química publicada desde 1904.
Apenas um artigo surgiu, Zoellner disse. Ele era para uma molécula com a mesma fórmula mas com um arranjo de átomos diferente do arranjo da molécula de Lazen.
Zoellner procurou um pouco mais atentamente e determinou que não apenas a molécula de Lazen era única, mas ela tinha potencial para estocar energia. Ela contém a mesma combinação de átomos que a nitroglicerina, um poderoso explosivo. Se um Químico sintético for bem sucedido em criar a molécula - batizada tetranitrato-oxicarbono - ela pode armazenar energia, criar uma grande explosão, ou fazer algo intermediário, disse Zoellner: "Quem pode saber?"
Zoellner submeteu um artigo sobre suas descobertas à edição de Janeiro da revista Computational and Theoretical Chemistry. Tanto Lazen quanto Boher estão listados como co-autores.
Em uma entrevista à mídia local, Lazen disse que ela nunca pensou que poderia ser uma autora de artigos publicados aos 10 anos de idade.
"Muitos jovens de 10-11 anos não têm seus nomes em um artigo científico", disse ela ao jornal Kansas City Star.
Zoellner disse que ainda não sabe se o artigo científico vai ser aceito para publicação. Desde que os cientistas estão sempre procurando por novas formas de obter energia, os químicos sintéticos precisam tentar criar a molécula, ele disse. Se eles tiverem sucesso, eles podem descobrir uma nova forma de estocar energia.
Independente do que acontecer, a experiência já reforçou o interesse de Lazen em ciência, disse Zoellner. Ela é particularmente interessada em Biologia e em Medicina. É refrescante, disse Zoellner, porque existem tantas mulheres com temor à carreira científica à medida que vão envelhecendo.
"Mulheres são comumente melhor preparadas que os homens para o ensino médio e universidade mas elas decidem não seguir carreiras científicas por razões diversas", diz Zoellner. "Se eu pudesse mantê-las e a alguns dos seus colegas interessados em ciências, eu seria bem sucedido".
The Whisky Water Trick from Casey Neistat on Vimeo.
Truque de salão, mas tá valendo para não deixar o blog às moscas.
Vi no semfoco.com
...pesavam 1 tonelada.