Para Clara Lazen, 10 anos, uma atividade de sala de aula resultou em uma descoberta científica.
Como o seu Professor de Química, Robert Zoellner confirmou, a curiosidade da aluna de 5º ano levou a uma nova molécula, e sua primeira menção em um periódico científico.
Quando Kenneth Boehr instruía sua classe de 5º ano na Escola Border star Montessori em Kansas City (Missouri), a construir moléculas com kits de modelagem molecular, ele não esperava que um de seus estudantes fizesse uma descoberta científica.
Mas isso foi o que aconteceu quando Clara Lazem, 10 anos, aleatoriamente arranjou uma combinação única de átomos de oxigênio, nitrogênio e carbono. O resultado foi uma molécula que Boher nunca tinha visto antes.
Então ele enviou um e-mail para um amigo de longa data e professor de Química na HSU Robert Zoellner, um Químico Computacional (\o/) que usa softwares para modelar matematica as propriedades das moléculas.
"Ken enviou-me uma foto da molécula no meu celular e comumente eu posso dizer corretamente se ela é real," disse Zoellner. Desta vez, ele não pôde dizer isso.
Então ele colou o arranjo molecular no Chemical Abstracts, uma base de dados online pesquisável através da Bibllioteca da HSU que contém literatura relacionada a Química publicada desde 1904.
Apenas um artigo surgiu, Zoellner disse. Ele era para uma molécula com a mesma fórmula mas com um arranjo de átomos diferente do arranjo da molécula de Lazen.
Zoellner procurou um pouco mais atentamente e determinou que não apenas a molécula de Lazen era única, mas ela tinha potencial para estocar energia. Ela contém a mesma combinação de átomos que a nitroglicerina, um poderoso explosivo. Se um Químico sintético for bem sucedido em criar a molécula - batizada tetranitrato-oxicarbono - ela pode armazenar energia, criar uma grande explosão, ou fazer algo intermediário, disse Zoellner: "Quem pode saber?"
Zoellner submeteu um artigo sobre suas descobertas à edição de Janeiro da revista Computational and Theoretical Chemistry. Tanto Lazen quanto Boher estão listados como co-autores.
Em uma entrevista à mídia local, Lazen disse que ela nunca pensou que poderia ser uma autora de artigos publicados aos 10 anos de idade.
"Muitos jovens de 10-11 anos não têm seus nomes em um artigo científico", disse ela ao jornal Kansas City Star.
Zoellner disse que ainda não sabe se o artigo científico vai ser aceito para publicação. Desde que os cientistas estão sempre procurando por novas formas de obter energia, os químicos sintéticos precisam tentar criar a molécula, ele disse. Se eles tiverem sucesso, eles podem descobrir uma nova forma de estocar energia.
Independente do que acontecer, a experiência já reforçou o interesse de Lazen em ciência, disse Zoellner. Ela é particularmente interessada em Biologia e em Medicina. É refrescante, disse Zoellner, porque existem tantas mulheres com temor à carreira científica à medida que vão envelhecendo.
"Mulheres são comumente melhor preparadas que os homens para o ensino médio e universidade mas elas decidem não seguir carreiras científicas por razões diversas", diz Zoellner. "Se eu pudesse mantê-las e a alguns dos seus colegas interessados em ciências, eu seria bem sucedido".