Pele artificial com nanomolas como nervos


Uma nova pele sintética, altamente elástica está sendo desenvolvida em Stanford e tem algumas características de sensibilidade à pressão impressionantes. Ela também pode sofrer deformação e contorsão sem qualquer dano ao material.

Ela é feita a partir de nanotubos de carbono, os quais atuam como molas e podem medir a força aplicada a eles.

"Este sensor pode registrar pressão em uma faixa que vai da pressão exercida pelo polegar e indicador de uma mão até algo em torno de duas vezes a pressão exercida por um elefante apoiado em um único pé", de acordo com Darren Lipomi, um pós-doutorando de Stanford que escreveu um artigo descrevendo o novo sensor. E ela não se deforma apreciavelmente!

Lipomi e seus colegas do Laboratório de Peles Zhenan Bao usaram nanotubos suspensos em líquido, espalharam-nos na forma de spray sobre uma superfície de silicone e depois esticaram o silicone. Os nanotubos se auto-alinharam na direção do alongamento, de acordo com o divulgado pela agência Stanford News.

 

Um segundo "esticamento", perpendicular ao primeiro, faz com que os nanotubos possam ser comprimidos e esticados em qualquer direção. Após o esticamento inicial, os tubos se enroscam como se fossem molas, e podem ser esticados repetidamente sem perder sua condutividade, explica Bao no vídeo. 

 

Os sensores são feitos de duas peças de silicona que receberam uma cobertura de nanotubos, ensanduichando uma terceira camada de silicona deformável que estoca uma determinada quantidade de carga elétrica. Quando a pressão é aplicada, a capacitância do dispositivo aumenta, e isso pode ser usado para calcular a quantidade de pressão aplicada.

Se esse dispositivo não é tão sensível quanto a outra pele super-sensível desenvolvida no mesmo laboratório no ano passado, isso é porque os pesquisadores estavam focados em fazer com que esse novo protótipo fosse transparente.

O objetivo é usar sensores como esse para construir uma pele artificial sensível sub-reptícia, diz Lipomi. (eles querem uma pele que seja invisível a um observador externo)

"O sonho mais alto desse tipo de pesquisa é restaurar a funcionalidade de peles injuriadas por acidentes, tais como as de soldados ou de vítimas de queimaduras", ele diz. A pesquisa está publicada no Jornal Nature Nanotechnology.

O artigo encontra-se acessível através desse link

Via PopSci.

Haddad deixa Educação com déficit de 400 mil professores

Notícia publicada em 06/11/2011 no JB Online.

Focado na candidatura à prefeitura de São Paulo, por escolha de Lula, e com apoio da presidenta Dilma e da máquina do governo, o ministro Fernando Haddad (Educação) deixará uma herança maldita no ensino público: faltam 400 mil professores no ensino básico (fundamental e médio) no País. 

A maior carência é para as disciplinas de matemática, química, física e biologia. Há escolas que nem as têm na grade.

Desprestígio

A conta de 400 mil é do próprio Haddad, revelada a empresários  em reunião fechada. A justificativa: nenhuma criança sonha ser professor.

Intensivão 

O MEC pretende treinar 332 mil educadores até dezembro, no Plano Nacional de Formação de Professores. Mas nada garante que dê certo.

Atalho educacional 

Para camuflar o cenário, o MEC usa a estrutura dos institutos federais de educação, da Ciência e Tecnologia, a fim de treinar professores.

Química divertida: EXPLOSÕES!

Ok, lá vou eu contribuir mais uma vez para o estereótipo de "química só é legal quando tem explosão"...

Maaaaas, como Química sem explosão não é Química, lá vai um videozinho irreversível para vocês.

Reações "apresentadas" cientificamente no vídeo:

1. Gelo seco + água

CO2(s) + H2O(l) -> CO2(g) + H2CO3(aq) (o dióxido de carbono se expande e estoura a garrafa)

Obs.:O maluco do vídeo é realmente doido, a explosão é tão violenta que os pedaços de garrafa PET poderiam ter rasgado a pele dele. Não façam isso em casa, crianças!

2. N2(l) + H2O(l) -> N2(g) + H2O(l)

A água cede calor ao nitrogênio líquido (que está a bons -196ºC) e este se expande violentamente, principalmente se estiver contido em uma garrafa PET. :)

Esse também é perigoso, mas agora é mais pelo frio intenso do nitrogênio líquido que pode congelar uma mão e torná-la quebradiça (estão ligados no Exterminador do Futuro 2?).

3. H2SO4(l) + C12H22O11(s) -> 12 C(s) + 11 H2O(l) + calor

O ácido sulfúrico reage tão violentamente com a sacarose (açúcar) que promove uma rápida desidratação da molécula e a conversão da cadeia carbônica em um aglomerado amorfo de carbono na forma de carvão. Ah, sem contar no calor gerado.

Essa é fácil de fazer em casa, o problema é convencer o exército a deixar você comprar uma garrafa do perigosíssimo ácido sulfúrico. hehehe

Nem preciso dizer para não tentarem em casa, vocês não vão conseguir comprar o ácido. 

4. KNO3(s) + C12H22O11(s) + H2O(l) ->   K2CO3(s) +CO2(g) + N2(g) + H2O(g) H2O(v) + calor

Essa dá para fazer com xarope de glicose (o famoso mel Karo), mas o problema é conseguir o nitrato de potássio. Também é um reagente controlado.

5. Na(s) + H2O (l) -> NaOH(aq) + H2(g) + calor

Essa é perigosíssima, pois o sódio metálico é muito reativo, principalmente com a água. Ele gera gás hidrogênio, que com o calor liberado inflama e aumenta ainda mais a explosão.

Hmmm, esqueci de listar algum experimento? Não!

É, não tem nenhum experimento seguro aí no vídeo. Mas, com certeza, vocês devem estar doidos para sair explodindo coisas por aí, né?

Bom, recomendo que vocês cursem Química, vai que vocês encontrem um professor doidão como o do vídeo (ou como eu) e consigam presenciar momentos épicos como os do vídeo. hehehe

Vi no SEM FOCO.

Recriação do experimento de Rutherford

Vi numa postagem do meu colega Luis Brudna no ScienceBlogs.

Achei tão legal o vídeo que resolvi postar aqui (tá, é uma kibada descarada).

Trata-se de uma reprodução do experimento realizado por Ernest Rutherford, o qual permitiu desvendar a estrutura do átomo.

O vídeo abaixo tem legendas em português, basta apertar o botão CC que tem no lado inferior direito do player.

Impressão 3D e realidade aumentada na busca por novas drogas

A tecnologia que está ajudando pesquisadores a testar potenciais dorgas no laboratório é uma mistura entre impressão tridimensional e realidade aumentada.

Desenvolvida no Scripps Research Institute em La Jolia, Califorina, por grupos que criam modelos físicos de vírus biológicos e então testam-nos usando uma camada de Realidade Aumentada (bruxaria, para ser mais exato).

Arthur Olsen, pesquisador no laboratório de Gráficos Moleculares no Scripps Research Institute, dá uma explicação bem legal sobre como isso funciona no vídeo acima.

Em poucas palavras, os pesquisadores estão basicamente modelando vírus como o HIV em impressoras 3-D, o que habilita-os a "segurar" os vírus patogênicos em suas mãos. Eles então modelam várias moléculas ligantes de proteínas ou enzimas, etc, em 3D e procuram qual a melhor forma de acoplá-las ao vírus.  

Mas além disso, eles podem usar uma simples webcam e um programa de Realidade Aumentada que pode modelar a energia necessária para que certas ligações químicas se formem. Assim, os pesquisadores podem basicamente segurar um vírus e vários potenciais tratamentos diretamente em suas mãos, olhar para a tela do computador, e brincar com diferentes geometrias e energias atrativas para ver quais funcionam melhor. 

 

Vi no PopSci.com que viu no NewScientist.

Dica de site - ChemSpider

É o ChemSpider.com, um site bem legal que permite obter informações acerca de uma infinidade de moléculas orgânicas tais como estrutura molecular, nome IUPAC, dados físico-químicos, etc.
 
Para demonstrar as funcionalidades desse site, eu fiz uma busca pela capsaicina, a molécula responsável pelo caráter "ardido" da pimenta.
 
Vamos ver o que o ChemSpider retorna ao digitarmos "capsaicin" na caixa de busca:

 

 

 

O vídeo incorporado a este post mostra uma representação 3D da capsaicina, molécula usada na fabricação dos famosos spays de pimenta.
 

Veja mais dados sobre a capsaicina na continuação do post.
A molécula da capsaicina é conhecida pelo nome IUPAC 8-metil-N-vanilil-6-nonamida, 
(CH3)2CHCH=CH(CH2)4CONHCH2C6H3-4-(OH)-3-(OCH3) ).
 
Ela é o componente ativo das pimentas do tipo Chili, as quais são plantas pertencentes ao genus Capsicum. A capsaicina é irritante para os mamíferos, incluíndo humanos, e produz a sensação de queima em qualquer tecido que entre em contato. Capsaicina e diversos compostos relacionados são chamados capsaicinóides e são produzidos como metabólitos secundários pelas pimentas chili.

 

Esse composto que causa ardência é provavelmente uma defesa da planta contra certos
 
Possui os seguintes dados físico-químicos:
 

 

ACD/LogP 3.33  



nº receptores-H : 4

nº ligações com livre rotação: 10 Área Polar Superficial: 38.77 Å2 Índice de Refração: 1.523
Volume Molar: 293.1 cm3 Polarizabilidade: 35.55 10-24cm3 Tensão Superficial: 38.7 dyna/cm Densidade: 1.041 g/cm3 Ponto de fulgor: 263.1 °C Entalpia de Vaporização: 81.2 kJ/mol Ponto de ebulição: 511.5 °C at 760 mmHg Pressão de Vapor: 4.41.10-¹¹ mmHg @ 25°C

 

 
 
Dica do colega Luis Brudna, dono do blog EmSíntese e do Tabelaperiodica.org e oficineiro no 31º EDEQ.