Faça sua própria pedra alienígena de Marte

Antes de mais nada, assista ao impressionante vídeo abaixo:

Quer saber do que se trata?

Então, continue lendo na sequência do post.

Encontrei esse vídeo no posterous do Castrezana, fiquei curioso e resolvi catar o vídeo direto no youtube.

Segundo os autores do vídeo, trata-se de tiocianato de mercúrio (II) ou Hg(sCN)2.

Esse composto já foi muito usado em pirotecnia, pois quando uma pequena porção do composto é queimada na presença de um açúcar é capaz de produzir  grandes volumes de cinza.

O problema é que vapor de mercúrio, altamente tóxico, também é produzido no processo.

A receita básica para a produção do tiocianato de mercúrio (II) foi copiada da descrição do vídeo. Porém, eu não recomendo que ninguém tente realizá-lo sem a presença de um professor ou de um químico para se responsabilizar pela execução do mesmo e, assim, minimizar os riscos.

Bom, chega de enrolação, aí vai a receita:

  1. ácido nítrico concentrado (HNO3) - ainda bem que esse reagente é controlado pelo exército e vocês não vão conseguir comprar. :P
  2. mercúrio líquido (Hg) - esse pode ser encontrado em casas de produtos dentários
  3. tiocianato de sódio ou de potássio (NaSCN ou KSCN) - também não é tão fácil de obter :P

 

Modo de preparo

  1. Dissolver o mercúrio em ácido nítrico concentrado para obter uma solução concentrada de nitrato de mercúrio - Hg(NO3)2;
  2. Adicione água em quantidade 10 vezes maior que o volume de ácido nítrico;
  3. Caso você possua nitrato de mercúrio, pule a etapa 1 e simplesmente dissolva esse sal em água;
  4. Em um outro Béquer, dissolva tiocianato de sódio ou de potássio em água;
  5. Adicione a solução preparada em (4) na solução de nitrato de mercúrio (2).
  6. Imediatamente uma suspensão acinzentada de tiocianato de mercúrio (II) - Hg(SCN)2 - será formada. Lave-a com pequenas porções de água adicionando-a e aguardando a decantação, removendo a água impura e renovando com água pura. Repita o processo mais algumas vezes.
  7.  Filtre o tiocianato de mercúrio (II) e deixe secando em uma capela ou em frasco dessecador.
  8. Quando adicionar o ácido nítrico ao mercúrio, vapores de óxidos de nitrogênio se formarão. TOME MUITO CUIDADO PARA NÃO INALAR, TOXICIDADE ALTA.
  9. MUITO CUIDADO COM O ÁCIDO NÍTRICO E COM O MERCÚRIO, AMBOS SÃO TÓXICOS E O ÁCIDO É ALTAMENTE CORROSIVO.
  10. QUANDO REALIZAR A QUEIMA DO TIOCIANATO DE MERCÚRIO (ii) TOME MUITO CUIDADO DE FAZER EM UM AMBIENTE ABERTO, POIS OS VAPORES LIBERADOS SÃO MUITO TÓXICOS E PODEM MATAR INSTANTANEAMENTE.

Bom, espero que vocês tenham ficado bem informados sobre esse experimento e que não tenham ficado com vontade de realizá-lo. :)

Um feliz natal a todos vocês! ho ho ho ho

 

 

 

Dica de site - Chart Creator Online

E aí, tá desesperado e não tem tempo de criar um gráfico elaborado?

Tá com preguiça de abrir o seu software de criação de gráficos?

Vai no Chart Creator Online, é bem fácil de usar e tem uma variedade boa de opções para a obtenção de um gráfico simples mas bonito.

Clique no botão "Editor" e você pode obter gráficos de linhas, pontos de dispersão e vários outros.

Aposto que vai quebrar um galhão pra você.

Tabela periódica interativa

Vi a dica no Canal doi Ano Internacional da Química 2011.

Por sua vez, o pessoal de lá viu no  Química Ensinada, um excelente blog de Ensino de Química que eu ainda não conhecia.

Bom, chega de enrolação, vamos à tabela periódica interativa da Royal Society of Chemistry.

Ela é bem legal, pois cada elemento é representado por uma arte de autoria de Murray Robertson.

Para ver a arte, basta passar o cursor do mouse sobre o elemento desejado.

Caso queira saber mais sobre o elemento, clique sobre ele e as informações tradicionais aparecerão.

Vale a visita.

Molécula do dia: Hidrogênio

A seção "molécula do dia" de hoje é especial.

Especial porque vamos mostrar uma molécula importantíssima, presente em todo o universo e provavelmente será o futuro da geração de energia.

Especial porque vamos apresentá-la na forma de um prezi.

Especial porque o prezi que vamos apresentar não foi feito por mim, mas por um leitor do blog.

O Luiz Vitor, que mora em Joinville/SC e é técnico em Química Industrial, preparou essa apresentação especial e me enviou o link, eu gostei da apresentação e solicitei a permissão dele para publicar aqui no blog.

Então Luiz Vitor, aí vai o seu prezi aqui no "Diário de um Químico Digital".

Muito obrigado pela contribuição e parabéns pelo prezi que está muito bom.

Molécula do dia: Trifluoreto de Cloro

Recebi esta dica da minha colega, a Profa Mara Braibante da UFSM, e gostei tanto da molécula que resolvi postar aqui no blog.

A molécula do dia (vocês pensaram que eu tinha esquecido dessa seção do blog?) é o trifluoreto de cloro.

Peraí!!! Cloro e flúor na mesma molécula?

Pode isso, Arnaldo?

Poooooooode, Galvão! A regra é clara: compostos interhalogênicos são permitidos. Se a natureza permite a existência de F2, Cl2, Br2, I2, porque não poderia haver um FCl, um FBr ou até mesmo coisas mais complicadas?

O lance é que essas moléculas podem realizar ligações predominantemente covalentes entre si sem maiores problemas.

O que talvez vocês não esperassem é que elas podem, inclusive, violar a tal "regra do octeto".

Como assim? Simples, não existe "regra do octeto".

Mas, vamos com calma que eu explico a coisa ao longo do post. Primeiro, vamos falar sobre a molécula do dia, o ClF3.

Vou copiar para vocês o conteúdo contido no link da Profa Mara:

 

Molécula do DIA

 

Trifluoreto de cloro

trifluoreto1

trifluoreto2

trifluoreto3

trifluoreto4

Agora, algumas explicações adicionais:

Sabemos que tanto o cloro quanto o flúor são átomos do grupo 17 da tabela periódica e que, portanto, possuem 7 elétrons de valência.

A tendência nesses átomos é ganhar um elétron e completar 8 elétrons na camada de valência.

Eles podem fazer isso por ionização (ganhando um elétron) ou por formação de ligação covalente com outro átomo (nesse caso um do mesmo grupo).

No entanto, o ClF3, como vocês devem ter percebido pelo texto acima, excede o tal de número mágico "8". Ou seja, ele viola a "regra do octeto".

Como eu disse antes, essa regra não é regra, é mais uma tendência que os átomos apresentam de tentar completar 8 elétrons na última camada. Alguns conseguem, principalmente os do primeiro e do segundo períodos da tabela periódica.

Os do terceiro período da tabela, como o cloro, podem exceder esse número desde que as condições adequadas se apresentem.

O cloro, no caso da molécula de ClF3, acaba fazendo três ligações covalentes com o flúor e deixando dois pares de elétrons não-ligantes, o que nos deixa com 10 elétrons na última camada.

Ah, ficaram chocados com isso? Pois bem, é assim que funciona o mundo real. Como a "regra" não é nem regra e muito menos "lei do octeto", as moléculas do mundo real ignoram essa nossa vontade de que elas tenham sempre 8 elétrons na última camada e adquirem tantos elétrons quantos acharem necessário.

Sorry vestibulandos e professores de cursinho, o mundinho perfeito de vocês ruiu. (E eu sei que o que estou falando não é novidade nenhuma, apenas que dificilmente chega aos bancos escolares, restando a tarefa para professores do ensino superior chocar seus alunos quando chegam em uma disciplina de Química Geral ou de Química Inorgânica).  


Esse post é baseado em um projeto da Sociedade Brasileira de Química chamado "365 dias de Química", que se dedica a falar de uma molécula por dia durante um ano. Esse projeto é uma das atividades referentes ao ano internacional da Química, que acontece durante todo o ano de 2011 e se estenderá até um pedacinho de 2012.

Vocês podem aprender mais sobre o AIQ acessando http://www.quimica2011.org.br ou acessando esse link aqui.

Humor termodinâmico

Tradução:

-Calorias (substantivo)

-Pequenas criaturas que vivem no seu guarda-roupas e costuram suas roupas um pouco mais justas a cada noite.

 

Nota do Dr Chatoff: Caloria é uma unidade termodinâmica de energia, geralmente usada para expressar calor, entalpia, entropia ou energia livre. É definida como a quantidade de calor necessária para elevar em 1ºC a temperatura de 1,0 g de água pura. Como não é uma unidade SI, recomenda-se o uso do Joule (J). 1 cal equivale a 4,186 J.