Dica de site - WeVideo

Caros leitores do blog (acho que são uns dois ou três), eu ando experimentando diversas possibilidades nas internerds e, por causa disso, a atividade aqui não anda das maiores.

O que não significa que eu tenha desistido de blogar, só que meus interesses se expandiram para além da química.

Agora, além de química, eu ando me interessando por ensino de ciências mediado pelas tecnologias da informação e comunicação.

Pensando nisso, eu criei um blog colaborativo para que meus alunos de TICs possam postar as atividades de aula (similar a ESTE e a este outro AQUI).

Esse blog é o CIENTISTA DIGITAL.

Vocês podem dar uma olhadinha do trabalho que está sendo desenvolvido por lá.

Só que este não é o assunto do post, eu quero falar de um site muito legal que eu descobri.

O site é o WeVideo e permite a qualquer pessoa, com apenas um mínimo de experiência criar um vídeo amador.

O vídeo pode ser exportado para a sua conta do youtube, pode ser divulgado no facebook, no twitter e no vimeo, caso você deseje.

Eu fiz um vídeo bem simples, a título de modelo para os meus alunos de TICs.

É um vídeo sobre uma espécie de ave chamada Jacutinga, ou seja, é para ensino de biologia.

No entanto, você pode fazer vídeo sobre o que desejar, o WeVideo permite exportar de forma gratuita até 15 minutos de vídeos por mês.

A única coisa que eles pedem em troca é deixar colocar a marca deles no vídeo.

Eu achei um "custo" bem baixo, visto que não é preciso instalar nada no seu computador.

A portabilidade é enorme, pois você pode começar a subir os arquivos (fotos ou vídeos) em sua casa, salvar o trabalho e continuar a editar o vídeo na sua escola ou faculdade.

Além disso, há o aspecto colaborativo, pois é possível convidar outros usuários para ajudar a editar o vídeo.

O tutorial de como criar esse vídeo beeeem simples virá em um post futuro (só para esclarecer, ele é mais um slideshow do que um vídeo, o que não impede você de montar um vídeo recortando e colando outros vídeos).


.Deixo vocês agora com a minha opera prima. :D

Bóson de Higgs foi anunciado hoje. Será?

Em 1964, seis físicos teóricos propuseram a partícula que acabou levando o nome do Prof. Peter Higgs.

Hoje, cientistas do Large Hadron Collider anunciaram uma nova partícula subatômica que é consistente com as previsões desses teóricos.

Esta é uma das maiores descobertas científicas do século XXI, até agora.

Mas o que é exatamente este "Bóson de Higgs", e por que os físicos de partículas gastaram mais de 40 anos procurando por ela?

Buscando trazer mais informações aos leitores do blog, resolvi traduzir esse artigo "fresquinho" do site da BBC News.

  • O QUE É O BÓSON DE HIGGS?

A partícula só existe nas mentes dos físicos teóricos. Existe uma teoria "robusta" acerca de como o Universo funciona - todas as partículas que produzem átomos e moléculas e toda a matéria que nós vemos, muitas das forças que os governam, e uma pequena coleção de partículas ainda mais exóticas. Esse é o chamado "Modelo Padrão".

Entretanto, existe um buraco evidente na teoria: ele não explica como é que algumas das partículas ganham sua massa. O mecanismo de Higgs foi proposto em 1964 por seis físicos, incluindo o teórico de Edimburgo Peter Higgs, como uma explicação para preencher esse 'buraco.

  • QUER ENTENDER MELHOR O ASSUNTO?

ACOMPANHE A ANALOGIA A SEGUIR:

A melhor teoria dos cientistas para explicar porque coisas diferentes possuem massa é o "campo de Higgs" - onde a massa pode ser percebida como uma medida da resistência ao movimento. O "campo de Higgs" é exibido aqui como uma sala cheia de físicos conversando entre si.

Um cientista bem conhecido entra na sala e causa uma grande agitação - atraindo admiradores a cada passo e interagindo fortemente com eles - assinando autógrafos e parando para conversar com cada um.

À medida que ela torna-se rodeada por seus 'fãs", ela encontra mais resistência para se mover ao longo da sala - nesta analogia, ela adquire massa devido ao "campo" de fãs, com cada fã atuando como um bóson de Higgs.

Se um cientista menos popular entra na sala, apenas uma pequena parcela de público é arrecadada, com ninguém clamando por atenção. Ele sente que é mais fácil se mover ao longo da sala - por analogia, sua interação com os bósons é menor, e então ele tem uma massa menor.

FONTE DAS IMAGENS: CERN/UCL via BBC News

  • POR QUÊ A MASSA É TÃO IMPORTANTE?

Massa é, de forma bem simples, uma medida de quanta coisa um objeto - uma partícula, uma molécula ou um Yokshire Terrier - contém. Se não fosse pela massa, todas as partículas fundamentais que geram os átomos e os cãezinhos Terrier poderiam ficar zanzando por aí à velocidade da luz, e o Universo como nós o conhecemos poderina nunca ter se consendado em forma de matéria.

O mecanismo de Higgs propõe que existe um campo permeando o Universo - o campo de Higgs - que permite às partículas obter sua massa. Interações com o campo - com os bósons de Higgs que vêm de lá - têm o propósito de dar massa às partículas. Isso não é diferente de um campo de partículas de neve, no qual a marcha impede o progresso; seus sapatos interagindo com as partículas de neve diminuem sua velocidade.

  • POR QUÊ OS CIENTISTAS PROCURAM PELO BÓSON DE HIGGS?

Ironicamente, o Modelo Padrão não prevê uma massa exata para o bóson de Higgs, Aceleradores de partículas tais como os do LHC são usados para procurar sistematicamente pela partícula ao longo de uma faixa de massas onde ele pode plausivelmente estar. O LHC trabalha colidindo e 'esmagando' dois raios de partículas sub-atômicas chamadas prótons (ou protões, para os meus colegas portugueses) a velocidades próximas à da luz. Isso gera um vasto 'chuveiro' de partículas que são criadas apenas em condições de altas energias.

O bóson de Higgs provavelmente nunca poderá ser observado diretamente, mas os cientistas no LHC têm procurado por um que fugazmente possa existir nessa sopa de partículas. Se ele se comportar como os pesquisadores pensam que ele o fará, ele deveria posteriormente decair em uma série de outras partículas, deixando um rastro que prova a sua existência.

O LHC não é a primeira máquina que procura pela partícula. Outra, de nome LEP, que também funcionou no CERN de 1989 a 2000, descartou a partícula até uma certa faixa de massas, e até o seu desligamento em 2011, o acelerador Tevatron procurou pela partícula numa faixa superior de massas. Na segunda-feira, o time do Tevatron liberou sua análise final, que tentadoramente aponta para uma partícula muito parecida com aquela que os dados do LHC sugerem.

  • QUANDO NÓS SABEREMOS SE ELA FOI REALMENTE ENCONTRADA?

Os físicos de partículas são notoriamente conservadores quando se trata de dize se eles encontraram algo. Se você jogar uma moeda 10 vezes e conseguir 8 coroas, você poderá pensar que a moeda está de alguma forma 'viciada'. Mas apenas após centenas de jogadas você poderá afirmar isso com um tipo de certeza que os físicos requerem para uma descoberta "formal".

O primeiro obstáculo é definitivamente determinar a massa da partícula - fazendo um confronto entre grupos de dados - e esta parte está quase concluída. A próxima etapa é certificar-se de que a partícula se comporta como a teoria prediz - como ela interage com outras partículas e como ela decai em outras partículas mais. Esta é a última fronteira da física de altas energias e uma completa e certa entrada no Modelo Padrão está provavelmente um pouco longe de acontecer. 

  • ENTÃO QUANDO?

Muitos físicos profissionais poderiam dizer que encontrar o bóson de Higgs na precisa maneira que a teoria prediz poderia ser um verdadeiro desapontamento. Projetos de larga escala tais como o LHC são construídos com o objetivo de expandir o conhecimento, e confirmar a existência da partícula exatamente onde nós esperávamos, enquanto poderia ser um grande triunfo para nossa compreensão da física, poderia ser muito menos excitante do que não encontrá-la. São esses tipos de surpresas que têm levado a revoluções na ciência.  

Fiquemos tranquilos, embora - se o padrão continuar e essa versão mais simples do bóson de Higgs tomar o lugar de honra no Modelo Padrão, muitas grandes questões permenecem. Afinal de contas, o Modelo Padrão explica a matéria como nós a conhecemos, mas existe muita razão para acreditar que a matéria ocupa apenas 4% do Universo observável. O resto - matéria escura e energia escura - pode se provar ainda mais difícil de definir. É como se nós estivéssemos próximos a completar um lado de um cubo de Rubik e sendo lembrados de que as outras cinco faces ainda estão bagunçadas. 

• O Modelo Padrão é o mais simples conjunto de ingredientes - partículas elementares - necessários para criar o mundo como nós vemos.

 Quarks são combinados para produzir, por exemplo, os prótons e os nêutrons - os quais formam os núcleos dos átomos hoje - embora combinações mais exóticas existissem nos primeiros dias do Universo.

• Léptons existem em versões carregadas ou neutras; elétrons - são os létons carregados mais familiares - junto com os quarks produzem toda a matéria que podemos ver; os létons neutros são os neutrinos, que raramente interagem com a matéria.

 As "forças motrizes" (force carriers) são partículas cujos movimentos são observados como forças familiares, tais como as que estão por trás da eletricidade e luz (eletromagnetismo) e decaimento radioativo (força nuclear fraca).

 O bóson de Higgs surgiu porque apesar do Modelo Padrão se sustentar razoavelmente bem, nada requer que as partículas possuam massa; para uma teoria mais completa, o bóson de Higgs - ou algo além - precisa preencher essa lacuna.

 

P.S.: E porque ela é chamada de "Partícula de Deus"? 

Segundo essa outra fonte:

O bóson de Higgs é chamado de "Partícula de Deus" por causa de um livro que teve o título trocado. O Prêmio Nobel de Física, Leon Lederman, queria chamá-lo de "The Goddamn Particle" ("a partícula maldita"), por ser difícil de encontrá-la. O editor tirou o termo "damn" e colocou o título de "The God Particle", já que temia que a palavra "maldita" fosse considerada insultante.

Dica de site - Sliderocket

Bom, já faz um bom tempinho que apresentei o prezi aos leitores do meu blog.

(Falei sobre ele aqui, aqui, aqui, aqui e aqui)

É uma ferramenta fantástica e que tem se popularizado bastante nos últimos tempos.

Eu gostaria de apresentar hoje o Sliderocket, que se não é tão impactante quanto o prezi é suficientemente surpreendente para merecer minha atenção.

Para quem tem interesse em criar apresentações mais interativas, é uma boa pedida.

É possível importar suas apresentações do powerpoint, adicionar arquivos flash, vídeos, inserir enquetes, rastrear quem tem acesso às suas publicações, obter estatísticas de visualização, convidar pessoas para editar colaborativamente sua apresentação, etc e tal.

Como eu ainda estou em fase de aprendizado, apenas me limitei a importar um arquivo PPT que criei para meus alunos e resolvi testar se o serviço realmente consegue dar contar do recado.

A apresentação "sliderocketizada" está aí abaixo. Apenas como único ponto negativo a destacar: eu precisei revisar slide por slide para pegar a imagem de fundo e enviar para trás do texto.

Tirando isso, a ferramenta é show de bola.

Ah, ele também tem versão para tablets (acho que só iPad, infelizmente).

Aqui vai um videozinho introdutório. Logo após, a minha primeira tentativa de usar o sliderocket.

 

Demo: Getting Started with SlideRocket from SlideRocket on Vimeo.

 

O poder do networking na carreira acadêmica

Artigo traduzido do original "Little Things I Wish I'd Known Before Starting Grad School: Part 1"

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Ontem eu estava pensando sobre os meus primeiro anos na faculdade. Eu relembrei minha semana de entrevistas (equivalente ao vestibular), encontros com professores, visitas aos laboratórios, aceitando propostas, mudando-me para uma nova cidade para poder estudar, alugando um apartamento, e finalmente iniciando o curso. Então eu pensei sobre coisas que poderiam ter feito minha experiência mais apreciável.

Eu pensei sobre as minhas escolhas profissionais até o presente momento, e o que eu desejava ter sabido e feito para tornar minha procura por um emprego ideal acontecer mais cedo do que realmente aconteceu. Isto me deu uma idea para uma série na qual eu desejo compartilhar alguns "insights" sobre o que eu queria ter feito ou sabido quando eu embarquei na grduação, e mais tarde na minha experiência de pós-doutorado. Eu penso que essas dicas poderiam ter feito minha vida mais fácil se eu as tivesse conhecido e/ou posto em prática mais cedo. 

Networking como um profissional

Eu já ouvi o termo "networking" quando estava na graduação. Ele pareceu um pouco aborrecido naquela época. Eu fui a alguns seminários sobre carreira voltados a estudantes de graduação, mas eu nunca dei muita atenção a eles. Eu sou muito extrovertido (sou conhecido por manter conversações com vencedores de Prêmio nobel sobre qualquer coisa relativa a ciências) então eu pensei que o tal "networking" viria naturalmente. Eu tinha alguns amigos que diziam que esta característica poderia me ajudar, mas eu nunca pensei muito sobre isso. 

Então, no ano passado, quando eu estava procurando por emprego, surgiu uma ideia de que se eu procurasse retornar ao meu campo de treinamento em biologia estrutural, eu nunca poderia cortar os laços com o campo. Eu nunca deveria  parar de ler artigos, checar os artigos mais recentes da área... mas o mais importante, eu deveria manter 'ganchos' e pessoas nos laboratórios nos quais eu estava interessado.

Durante quase todo seminário de carreira que eu participava, eu sempre ouvia a mesma coisa: "Muitos empregos não são encontrados via sites de de procura de empregos, mas através de contatos, através de pessoas na nossa rede (daí o termo 'networking')". No meu caso, um amigo no Twitter compartilhou um link (e mais importante, encorajou-me) a 'dar um tempo" na minha posição atual. 

Eu não estava muito disposto a me candidatar, principalmente porque eu ficaria fora do meu campo por dois anos, algumas coisas mudariam, e eu não estava seguro de que minha mudança de disciplina poderia realmente cair bem com minhas novas aspirações profissionais.

 Por sorte, eu mantive um bom relacionamento com meu mentor, e eu tive um excelente treinamento (e cartas de recomendação) as quais me tornaram competitivo. ptúú (som de cuspe sendo atirado ao longe)

A procura épica por emprego em 2011 serviu como uma lição, como uma forma de mostrar a mim que o importante é manter os tais 'ganchos' no campo, especialmente aquele que podem se tornar em mentores ou colaboradores no futuro. Isso me mostrou que nunca é cedo para encontrar pessoas e fazer contato, especialmente durante a fase de treinamento. Isso também me mostrous que uma conferência importante da qual eu participei durante minha graduação serviu como uma forma de encontrar professores e seus orientandos para futuras referências.

 

Nunca é a hora errada para econtrar e agradecer pessoas. Eu estou feliz porque minha faculdade encorajava fortemente os estudantes e pós-doutorandos a encontrar-se com visitantes de altíssimo gabarito, sair para lanchar ou jantar e conversar com eles. Eu apenas desejava que isso tivesse acontecido mais cedo para mim.

Com isso, eu digo a vocês que é muito importante tirar vantagem dos compromissos sociais com pessoas no nosso campo, especialmente se você estiver interessado em continuar nele de uma forma ou de outra. É importante manter aqueles relações vivas, até que você conheça alguém que você sinta que será importante na sua área, agora ou para o futuro, enviar-lhe um e-mail de vez em quando, oferecer-se para encontrá-lo em palestras ou conferências que vocês dois vão participar. Se este contato estiver no Linkedin ou Twitter, interagir com ele ou com seus orientandos, ver como eles estão confortáveis com seu chefe, e o quanto ele oferece de suporte aos seus subordinados (essas pistas lhe darão indicativos do quanto você se sentirá confortável nesse grupo).

Mas mantenha em mente, isso é uma via de mão dupla, pense sobre o conhecimento e 'expertise' que você terá que oferecer, você poderá ter que dominar uma técinca ou caminho com a qual seu futuro chefe pode também não estar totalmente familiarizado. Não fique com medo de futuras colaborações. Mais importante, enquanto você está sob as asas do seu orientador de pós-doc ou doutorado, tire vantagem da rede dele e expanda a sua. Peça a ele para apresentá-lo a essas pessoas-chave, especialmente quando elas estiverem visitando-o, ou enquanto ambos estiverem em uma conferência. Se eles estiverem na mesma faculdade, ofereça-se para conduzir uma visita aos laboratórios, ou convide-os para seus seminários. Eu fiz isso, e foi uma das experiências mais recompensadoras que eu já tive. Adicionalmente, esse mentor é um dos meus 'referees', e ele agora sabe quem eu sou e que sou mais do que uma simples "pessoa" que ele encontrou por aí em uma visita de rotina. Ele está atento ao que eu já fiz e estou fazendo, e sabe que são coisas importantes.

Curso Aberto Massivamente Online do Google: Power Searching

Um curso rápido para encontrar de tudo na rede através, é claro, do http://google.com .

Detalhes do Curso

O curso "Power Searching with Google" é um curso gratuito online, baseado em comunidades e que apresenta técnicas de pesquisa e como usá-las para resolver problemas reais do dia-a-dia. Tem como características:

  • Seis aulas de 50 minutos.
  • Atividades interativas para praticar as novas habilidades.
  • Oportunidades de se conectar com outras pessoas usando o Google Groups, Google+, e os "Hangouts on Air".
  • Após passar a avaliação pós-curso, um Certificado de Conclusão digital (que pode ser impresso) será enviado para o seu e-mail.

Pronto para começar?

 

  • O registro começa no dia 26 de Junho de 2012. Recomend-ase que você se registre antes do início da primeira turma (10 de Julho de 2012)
  • Novas turmas estarão disponíveis terças-feiras, quartas-feiras e quintas-feiras a partir do dia 10 de Julho e terminando no dia 19 de Julho de 2012.
  • As atividades do curso terminarão no dia 23 de Julho de 2012.

Inscreva-se clicando aqui neste link: http://goo.gl/RTIZE

Dicas obtidas pelo canal do facebook do Mr Google