A dança da naftalina

Minha equipe do PIBID/CAPES/UNIFRA/Química criou esse vídeo que posto na sequência.

Ficou tão legal que resolvi fazer propaganda do trabalho da galera que trabalha comigo na Escola Estadual de Ensino Médio Dr Walter Jobim (Santa Maria).

Quem quiser entender um pouco como funciona a dança da naftalina, veja esses dois posts antigos do meu blog: 

É mais ou menos o mesmo princípio.

O vinagre e o bicarbonato de sódio reagem e gás carbônico é produzido.

O gás carbônico fica dissolvido na água e aglutina-se na superfície rugosa e porosa da naftalina.

Quando uma quantidade apreciável de gás prendeu-se à superfície da naftalina, sua densidade diminui o suficiente para que ela suba até a superfície da água.

Ao chegar na superfície da água e entrar em contato com a atmosfera, as bolhas de gás desprendem-se e a naftalina experimenta um aumento na sua densidade, o que faz com que ela volte ao fundo.

Essa "dança", esse subir e descer vai acontecer enquanto houver gás dissolvido na água.

Ah, aproveitem para conhecer o blog do PIBID/UNIFRA.

Afinal, já que me dá trabalho mantê-lo, vamos divulgar, né?

Faça sua própria pedra alienígena de Marte

Antes de mais nada, assista ao impressionante vídeo abaixo:

Quer saber do que se trata?

Então, continue lendo na sequência do post.

Encontrei esse vídeo no posterous do Castrezana, fiquei curioso e resolvi catar o vídeo direto no youtube.

Segundo os autores do vídeo, trata-se de tiocianato de mercúrio (II) ou Hg(sCN)2.

Esse composto já foi muito usado em pirotecnia, pois quando uma pequena porção do composto é queimada na presença de um açúcar é capaz de produzir  grandes volumes de cinza.

O problema é que vapor de mercúrio, altamente tóxico, também é produzido no processo.

A receita básica para a produção do tiocianato de mercúrio (II) foi copiada da descrição do vídeo. Porém, eu não recomendo que ninguém tente realizá-lo sem a presença de um professor ou de um químico para se responsabilizar pela execução do mesmo e, assim, minimizar os riscos.

Bom, chega de enrolação, aí vai a receita:

  1. ácido nítrico concentrado (HNO3) - ainda bem que esse reagente é controlado pelo exército e vocês não vão conseguir comprar. :P
  2. mercúrio líquido (Hg) - esse pode ser encontrado em casas de produtos dentários
  3. tiocianato de sódio ou de potássio (NaSCN ou KSCN) - também não é tão fácil de obter :P

 

Modo de preparo

  1. Dissolver o mercúrio em ácido nítrico concentrado para obter uma solução concentrada de nitrato de mercúrio - Hg(NO3)2;
  2. Adicione água em quantidade 10 vezes maior que o volume de ácido nítrico;
  3. Caso você possua nitrato de mercúrio, pule a etapa 1 e simplesmente dissolva esse sal em água;
  4. Em um outro Béquer, dissolva tiocianato de sódio ou de potássio em água;
  5. Adicione a solução preparada em (4) na solução de nitrato de mercúrio (2).
  6. Imediatamente uma suspensão acinzentada de tiocianato de mercúrio (II) - Hg(SCN)2 - será formada. Lave-a com pequenas porções de água adicionando-a e aguardando a decantação, removendo a água impura e renovando com água pura. Repita o processo mais algumas vezes.
  7.  Filtre o tiocianato de mercúrio (II) e deixe secando em uma capela ou em frasco dessecador.
  8. Quando adicionar o ácido nítrico ao mercúrio, vapores de óxidos de nitrogênio se formarão. TOME MUITO CUIDADO PARA NÃO INALAR, TOXICIDADE ALTA.
  9. MUITO CUIDADO COM O ÁCIDO NÍTRICO E COM O MERCÚRIO, AMBOS SÃO TÓXICOS E O ÁCIDO É ALTAMENTE CORROSIVO.
  10. QUANDO REALIZAR A QUEIMA DO TIOCIANATO DE MERCÚRIO (ii) TOME MUITO CUIDADO DE FAZER EM UM AMBIENTE ABERTO, POIS OS VAPORES LIBERADOS SÃO MUITO TÓXICOS E PODEM MATAR INSTANTANEAMENTE.

Bom, espero que vocês tenham ficado bem informados sobre esse experimento e que não tenham ficado com vontade de realizá-lo. :)

Um feliz natal a todos vocês! ho ho ho ho

 

 

 

O prego que sangra

Primeiro, assistam a esse assustador vídeo, depois farei os devidos comentários.

A reação realizada no vídeo é relativamente simples de explicar, o esquema abaixo sintetiza as informações.

KSCN (80 mg) + H2O (10 mL) + HCl (3 gotas) + H2O2 (5 gotas) + Fe (1 prego) --> Fe(SCN)2+(vermelho)  

Basicamente, o produto formado é um íon complexo de ferro (III) e tiocianato. Esta espécie apresenta coloração vermelho-acastanhado, similar ao sangue.

Como o íon ferro (III) é formado a partir de um prego formado por ferro(0), a cor vermelha é observada apenas próximo ao prego, o que causa a impressão de que o prego está sangrando. 

Se você tem curiosidade e gostaria de ler mais sobre a reação, ofereço o link abaixo:

http://www.chem.uiuc.edu/chem103/equilibrium/iron.htm

EDIT: A massa de KSCN é de 80 mg, não de 80 g como eu havia originalmente digitado.

Química divertida: EXPLOSÕES!

Ok, lá vou eu contribuir mais uma vez para o estereótipo de "química só é legal quando tem explosão"...

Maaaaas, como Química sem explosão não é Química, lá vai um videozinho irreversível para vocês.

Reações "apresentadas" cientificamente no vídeo:

1. Gelo seco + água

CO2(s) + H2O(l) -> CO2(g) + H2CO3(aq) (o dióxido de carbono se expande e estoura a garrafa)

Obs.:O maluco do vídeo é realmente doido, a explosão é tão violenta que os pedaços de garrafa PET poderiam ter rasgado a pele dele. Não façam isso em casa, crianças!

2. N2(l) + H2O(l) -> N2(g) + H2O(l)

A água cede calor ao nitrogênio líquido (que está a bons -196ºC) e este se expande violentamente, principalmente se estiver contido em uma garrafa PET. :)

Esse também é perigoso, mas agora é mais pelo frio intenso do nitrogênio líquido que pode congelar uma mão e torná-la quebradiça (estão ligados no Exterminador do Futuro 2?).

3. H2SO4(l) + C12H22O11(s) -> 12 C(s) + 11 H2O(l) + calor

O ácido sulfúrico reage tão violentamente com a sacarose (açúcar) que promove uma rápida desidratação da molécula e a conversão da cadeia carbônica em um aglomerado amorfo de carbono na forma de carvão. Ah, sem contar no calor gerado.

Essa é fácil de fazer em casa, o problema é convencer o exército a deixar você comprar uma garrafa do perigosíssimo ácido sulfúrico. hehehe

Nem preciso dizer para não tentarem em casa, vocês não vão conseguir comprar o ácido. 

4. KNO3(s) + C12H22O11(s) + H2O(l) ->   K2CO3(s) +CO2(g) + N2(g) + H2O(g) H2O(v) + calor

Essa dá para fazer com xarope de glicose (o famoso mel Karo), mas o problema é conseguir o nitrato de potássio. Também é um reagente controlado.

5. Na(s) + H2O (l) -> NaOH(aq) + H2(g) + calor

Essa é perigosíssima, pois o sódio metálico é muito reativo, principalmente com a água. Ele gera gás hidrogênio, que com o calor liberado inflama e aumenta ainda mais a explosão.

Hmmm, esqueci de listar algum experimento? Não!

É, não tem nenhum experimento seguro aí no vídeo. Mas, com certeza, vocês devem estar doidos para sair explodindo coisas por aí, né?

Bom, recomendo que vocês cursem Química, vai que vocês encontrem um professor doidão como o do vídeo (ou como eu) e consigam presenciar momentos épicos como os do vídeo. hehehe

Vi no SEM FOCO.

Recriação do experimento de Rutherford

Vi numa postagem do meu colega Luis Brudna no ScienceBlogs.

Achei tão legal o vídeo que resolvi postar aqui (tá, é uma kibada descarada).

Trata-se de uma reprodução do experimento realizado por Ernest Rutherford, o qual permitiu desvendar a estrutura do átomo.

O vídeo abaixo tem legendas em português, basta apertar o botão CC que tem no lado inferior direito do player.

Impressão 3D e realidade aumentada na busca por novas drogas

A tecnologia que está ajudando pesquisadores a testar potenciais dorgas no laboratório é uma mistura entre impressão tridimensional e realidade aumentada.

Desenvolvida no Scripps Research Institute em La Jolia, Califorina, por grupos que criam modelos físicos de vírus biológicos e então testam-nos usando uma camada de Realidade Aumentada (bruxaria, para ser mais exato).

Arthur Olsen, pesquisador no laboratório de Gráficos Moleculares no Scripps Research Institute, dá uma explicação bem legal sobre como isso funciona no vídeo acima.

Em poucas palavras, os pesquisadores estão basicamente modelando vírus como o HIV em impressoras 3-D, o que habilita-os a "segurar" os vírus patogênicos em suas mãos. Eles então modelam várias moléculas ligantes de proteínas ou enzimas, etc, em 3D e procuram qual a melhor forma de acoplá-las ao vírus.  

Mas além disso, eles podem usar uma simples webcam e um programa de Realidade Aumentada que pode modelar a energia necessária para que certas ligações químicas se formem. Assim, os pesquisadores podem basicamente segurar um vírus e vários potenciais tratamentos diretamente em suas mãos, olhar para a tela do computador, e brincar com diferentes geometrias e energias atrativas para ver quais funcionam melhor. 

 

Vi no PopSci.com que viu no NewScientist.