A tortura do pobre ursinho gummy

<Dr. Chatoff mode on>

A reação química mostrada no vídeo é simples, embora de resultados visuais surpreendentes.

O Clorato de potássio é um sal que, ao ser aquecido libera água. Essa água forma uma solução saturada do sal.

O doce "gummy bear" é uma daquelas famosas balinhas de gelatina que podemos encontrar nos supermercados.

Ela contém grande quantidade do açúcar sacarose (C12H22O11).

A reação balanceada, com a ajuda do nosso amigo webqc, é:

8 KClO3 + C12H22O11à 8 KCl + 12 CO2 + 11 H2O

Ou seja, o Cloro passa do estado de oxidação 7+ para o estado 1- (ele se reduz) e o Carbono passa do estado de oxidação 0 para 4+ (ele se oxida).

Além disso, a reação é extremamente exotérmica.

8 KClO3 + C12H22O11 à 8 KCl + 12 CO2 + 11 H2

(Consultei os valores de entalpia-padrão de formação no NIST).

DH= {[8*(-436,38) + 12*(-393,52) + 11*(-285,83)]} kJ - {[8*(315,0) + 1*(-2222,2)]} kJ

DHR = -3144,13 kJ - 297,80 kJ = -3441,93 kJ

Olha, não sei quanto a vocês, mas uma reação que libere tudo isso de calor é uma reação altamente exotérmica para mim!

<Dr Chatoff mode off>

E era isso, eu queria apenas compartilhar a tortura da pobre bala de gelatina e explicar o que acontece do ponto de vista químico. Não quero me estender mais nesse post.

Experimentos de Química - O Coração de Mercúrio

Vi no "Ensino de Química", que por sua vez viu no "Pontociência" e agora compartilho com vocês esse experimento bem legal.

Se for realizado corretamente, você verá uma gota de mercúrio pulsar como um coração.

Material:
  1. Uma gota de mercúrio (Hg - pode ser comprado em casas de materiais dentários);
  2. Ácido Sulfúrico 6,0 mol/L (H2SO4);
  3. Solução aquosa de dicromato de potássio - K2Cr2O7 0,1- mol/L (cuidado, altamente oxidante);
  4. Vidro de relógio ou placa de Petri;
  5. Conta-gotas;
  6. Alfinete de fralda ou clip;
  7. Suporte Universal com agarrador.

Não preciso dizer que mercúrio é volátil e tóxico, deve-se manuseá-lo com luvas e em local arejado. 

O ácido sulfúrico pode provocar queimaduras, use luvas de borracha ao utilizá-lo.

A solução de dicromato é oxidante e tóxica, deve-se evitar tocá-la diretamente com as mãos e deve-se evitar descartá-la na pia.
Pode-se guardar a solução para uso em experimentos que simulam os bafômetros;

Experimental:

 

Resultados: (copiado na cara dura do pontociência)

A solução de ácido sulfúrico com dicromato de potássio promove a oxidação do mercúrio (perda de elétrons). 

A partir daí quando se encosta a agulha, que é de ferro, na gota de mercúrio, os elétrons saem do ferro e passam para o mercúrio. 

(O ferro possui potencial de redução maior que o do mercúrio, isso é explicado pela eletroquímica.)

Esta mudança entre oxidação e redução gera uma alteração na tensão superficial do mercúrio, e o resultado é um movimento rítmico causado pelo contato do mercúrio com o ferro.

Os íons cromato (CrO

42-) oxidam o mercúrio a mercúrio(II), estes íons de mercúrio(II) formam com os íons sulfato uma película insolúvel passando então a sulfato de mercúrio (HgSO4), esta película de sulfato de mercúrio, ou seja mercúrio com carga positiva, causa uma diminuição na tensão superficial fazendo com que a gota de mercúrio se torne achatada. A reação que representa este fato é a seguinte:

2CrO42-(aq) + Hg(l) +16H+(aq) + 3SO42-(aq) à 2Cr3+(aq) + HgSO4(s) + 8H2O(l)

Quando o ferro encosta na parte positiva do mercúrio, ocorre uma transferência de elétrons do ferro para o mercúrio, reduzindo-o a mercúrio ”zero”, através da seguinte reação:

Fe(s) + HgSO4(s) à Fe2+(aq) + SO42-(aq) + Hg(l)

Esta transferência de elétrons causa outra mudança na tensão superficial do mercúrio, fazendo com que ele fique mais coeso, o que leva o mercúrio a se afastar do ferro levando a uma nova oxidação, achatando a gota mais uma vez e permitindo que a gota encoste novamente no ferro gerando um ciclo repetitivo.

E, bem, era isso para o momento. Eu gostei bastante desse experimento, acho até que vou realizá-lo em sala de aula com os meus alunos.

Fiquem com Deus e aproveitem a Páscoa!

Abraços digitais.

Kinetic Sculpture

Vi esse vídeo em um blog enquanto vagava em busca de assuntos para um post. 

Trata-se de uma máquina desenvolvida para a BMW, composta por 714 esferas presas a cabos muito finos, cada esfera é controlada por um motor independente.

Ao acionar o comando do equipamento, cada esfera assume uma posição no espaço e formando uma escultura tridimensional.

Assista ao vídeo para entender melhor.

P.S.: Eu sei que não tem nada a ver com Química, mas eu achei legal e válido postar aqui.

Experimento que recria o Big Bang é posto em funcionamento hoje

30 anos após a construção do Large Hadron Collider - Grande Colisor de Hádrons - foi finalmente acionado.

Esse equipamento é, na verdade, um longo túnel circular subterrâneo entre a Suíça e a França, de aproximadamente 27 km de circunferência.

No LHC, os cientistas pretendem reproduzir as condições existentes apenas no momento do Big Bang, a grande explosão que ocorreu no início do universo.

Custando algo em torno de US$ 8bi, o LHC tem a possibilidade de recriar buracos negros, o que deixa alguns leigos assustados e com medo de que o equipamento venha a adiantar o fim do mundo.  :)

Os cientistas esperam responder a algumas dúvidas a respeito da origem de tudo no universo.

No dia de hoje, 30 de Março de 2010,  dois feixes de prótons foram acelerados quase à velocidade da luz dentro do ciclotron a fim de sofrer um choque violento (7 eV - elétrons-Volt), em sentidos opostos é claro.

Com o choque, os prótons liberam energia em quantidades maciças e, assim, podem recriar as condições existentes apenas uma fração de segundo após o Big Bang.

“Vamos conseguir analisar a matéria mais profundamente do que jamais conseguimos”, disse Tara Shears, da Universidade de Liverpool, na Inglaterra.

“Poderemos observar do que o universo se constituía bilionésimos de segundo depois do Big Bang”, afirmou.

E, pasmem, a maior e mais intrigante pergunta a ser respondida por esse experimento é:

 

O que é massa?

O modelo mais aceito sobre a formação da massa envolve uma partícula chamada bóson de Higgs, também conhecida como "partícula Deus". Segundo a teoria, as partículas formam sua massa através de interações com o campo que acompanha a partícula Higgs.

E os físicos e engenheiros do LHC ainda planejam uma colisão de prótons ainda maior, para isso eles fecharão o aparelho durante o inverno europeu a fim de prepará-lo para um colisão ainda mais energética. (corrão)

A máquina foi projetada para colidir dois raios de prótons de 7eV, mas os responsáveis pelo laboratório decidiram operar a máquina a meia capacidade até o fim de 2011.

<Curiosidades Adicionais>

De acordo com  a teoria padrão, nosso Universo "saltou" para a existência como uma "singularidade" há 13,7 bilhões de anos atrás.

O que é uma sigularidade e de onde ela veio? Ninguém sabe.

Singularidades são zonas nas quais nosso conhecimento de física é desafiado ao extremo. Alguns acreditam que elas existam no núcleo de buracos negros.

Os buracos negros, por sua vez, são áreas de intensa pressão gravitacional. A pressão é tão intensa que uma quantidade finita de matéria é levada a situações de densidade infinita. Essas zonas de densidade infinita são chamadas de "singularidades". Nosso universo começou como uma singularidade infinitamente pequena, infinitamente quente e inifinitamente densa. Coma ela surgiu? Nobody knows.

Após sua aparição inicial, ele aparentemente inflou-se (o chamado "Big Bang"), expandiu-se e resfriou-se, indo de algo muito pequeno em direção às dimensões e temperatura do nosso universo atual.

O universo continua a se expandir e resfriar até os dias de hoje, e esse é um resumo da teoria do Big Bang que o experimento de hoje pretende começar a resolver e explicar.

Fiquem com um vídeo sobre o LHC:

 
 

FONTE:BBC e The Siasat Daily

Mais sobre os ferrofluidos

Pesquisando um pouco mais pude encontrar outra receita ainda mais fácil de fazer, essa envolve o nosso bom e velho bombril (palha de aço).

Dê uma olhadinha no vídeo a seguir, é autoexplicativo.

Basicamente, ponha fogo em um pedaço de palha de aço (com um isqueiro ou com uma bateria de 9V, por exemplo).

A palha de aço queimada deve ser ralada, a fim de sofrer magnetização. O pó fino obtido deve ser misturado com o óleo de cozinha, dessa forma o ferrofluido é produzido.

No vídeo eles ainda fazem menção a uma terceira forma de produzir o ferrofluido, mas essa forma precisa de uma areia negra que não tenho a mínima ideia do que venha a ser.

A moça do vídeo separa com um ímã as partículas pretas dessa "areia", e essas partículas são usadas para produzir ferrofluido.


FONTE: POPSci (http://www.popsci.com/diy/article/2009-09/making-ferrofluids-work-you)

NASA encontra vida a 200 m de profundidade na Antártida

É isso mesmo, há vida no gelo, mesmo em um local tão ermo quanto o gelo polar.

A vida realmente desafia a compreensão humana.

Essa descoberta é para quem pensa que a vida é um simples amontoado de reações químicas casuais, e isso não é discurso religioso.

O que levaria um ser a escolher um local tão inóspito para viver? 

O crust&aacute;ceo  Lyssianasid amphipod  &eacute; semelhante a um camar&atilde;o e mede cerca de 8 cm Foto: EFE

Divirtam-se com o vídeo da descoberta do pequeno crustáceo de 8 cm, batizado de Lyssianasid amphipod.

The Element Song

Essa música já é bem manjada no youtube, mas eu acho muito legal para deixar passar sem postar aqui no blog.

Basicamente é uma musiquinha bem ritmada que cita TODOS os elementos da tabela periodica.

Eu selecionei algumas versões do vídeo, cada uma com uma característica diferente.

A primeira é meio parada mas é interessante por mostrar a posição do elemento na tabela periodica que está sendo cantado na música.

A segunda versão mostra uma animação bem bonitinha, legal para ser usada em sala de aula para despertar o interesse da gurizada pela Química.

E, para os mais curiosos, a terceira versão contém a letra da música.



There's antimony, arsenic, aluminum, selenium,
And hydrogen and oxygen and nitrogen and rhenium,
And nickel, neodymium, neptunium, germanium,
And iron, americium, ruthenium, uranium,
Europium, zirconium, lutetium, vanadium,
And lanthanum and osmium and astatine and radium,
And gold and protactinium and indium and gallium, (gasp)
And iodine and thorium and thulium and thallium.

There's yttrium, ytterbium, actinium, rubidium,
And boron, gadolinium, niobium, iridium,
And strontium and silicon and silver and samarium,
And bismuth, bromine, lithium, beryllium, and barium.

There's holmium and helium and hafnium and erbium,
And phosphorus and francium and fluorine and terbium,
And manganese and mercury, molybdenum, magnesium,
Dysprosium and scandium and cerium and cesium.
And lead, praseodymium and platinum, plutonium,
Palladium, promethium, potassium, polonium,
And tantalum, technetium, titanium, tellurium, (gasp)
And cadmium and calcium and chromium and curium.

There's sulfur, californium and fermium, berkelium,
And also mendelevium, einsteinium, nobelium,
And argon, krypton, neon, radon, xenon, zinc and rhodium,
And chlorine, carbon, cobalt, copper, tungsten, tin and sodium.

These are the only ones of which the news has come to Hahvard,
And there may be many others but they haven't been discahvered.