Experimento da solubilidade de gás em líquido

Aproveitando a deixa do último post, filmei outro experimento, só que de físico-química.

Ele trata do assunto "solubilidade de gases em líquidos". 

Usamos um refrigerante incolor de limão e uma seringa para demonstrar como a diminuição na pressão (quando o êmbolo da seringa é puxado) influencia na solubilidade do gás carbônico no líquido.

Demais explicações (simples, é verdade) estão no próprio vídeo.

Divirtam-se.

Experimentos de ciências filmados pelos meus alunos

Pessoal, desde que conheci a plataforma de blogagem do posterous eu não parei mais de blogar.

Já virou até um vício, hehehehe.

A coisa é que a facilidade oferecida por essa ferramenta é tão grande que eu decidi usá-la nas minhas aulas.

Semestre passado, trabalhei com uma disciplina de "Educação Digital" que se propõe a ensinar os rudimentos da informática a futuros profissionais da educação. No meu caso, tive alunos da Química, da Filosofia e da Letras cursando a mesma.

Se você quiser conhecer o blog, pode acessá-lo por esse endereço aqui ó -> educacaodigital.posterous.com.

Apenas para exemplificar o trabalho dos meus alunos, vou postar três vídeos que a gente filmou, subiu para o youtube e adicionou "legendas".

Se você gostou, tem mais dois na continuação do post.

Só para esclarecer, a qualidade dos vídeos não é grande porque usamos uma câmera digital Samsung para capturar as cenas. A função dela é tirar fotos, mas cumpre bem o papel de fazer vídeos.

Quem não tem um laboratório para realizar experimentos para os seus alunos pode usar essa técnica, pois computador e TekPix quase todo mundo tem hoje em dia.

Um abraço a todos! 

Amido + alto-falante

Nesse meu POST anterior eu falei um pouco sobre os plásticos obtidos a partir do amido da batata.

Ontem, enquanto procurava coisas interessantes para postar aqui, encontrei um experimento muitcho doido que envolve amido. E nem é um experimento de Química.

E aí, alguém a fim de sacrificar um alto-falante ao deus Metal para tentar o experimento?\o/

Hambúrguer em ácido concentrado

Estava navegando por aí quando encontrei esse site muito legal. 

É o Em Síntese, um site que se propõe a falar de Química, como o meu, só que mais tempo de estrada. 

Selecionei um post dele para mostrar para vocês aqui. 

O que acontece com um hambúrguer se ele for colocado em ácido clorídrico concentrado, algo similar ao que acontece com a comida que chega ao nosso estômago.

Ele encontrou essa pérola da Química num outro site velho conhecido meu, no próximo post falarei sobre ele.

Por enquanto, divirtam-se com o processo conhecido como digestão.

Efeito vaga-lume com materiais caseiros

UPDATE = VÍDEO COMPLETAMENTE FAKE. REALIZEI O MESMO EXPERIMENTO AQUI NO LABORATÓRIO E NEM DE PERTO APARECEU AQUELA COR VERDE LUMINESCENTE BONITA!

Tá aí um experimento que eu vou tentar fazer.

Basta cortar as cabeças de palitos de fósforo, colocar em um frasco com tampa, adicionar água sanitária e água oxigenada. 

Fechando o vidro e agitando, uma luminosidade fantasmagórica surge.

Diz o autor do vídeo que a luminosidade dura horas.

Pelo sim, pelo não, eis o vídeo. Depois que eu repetir o experimento, posto o resultado no blog.

A tortura do pobre ursinho gummy

<Dr. Chatoff mode on>

A reação química mostrada no vídeo é simples, embora de resultados visuais surpreendentes.

O Clorato de potássio é um sal que, ao ser aquecido libera água. Essa água forma uma solução saturada do sal.

O doce "gummy bear" é uma daquelas famosas balinhas de gelatina que podemos encontrar nos supermercados.

Ela contém grande quantidade do açúcar sacarose (C12H22O11).

A reação balanceada, com a ajuda do nosso amigo webqc, é:

8 KClO3 + C12H22O11à 8 KCl + 12 CO2 + 11 H2O

Ou seja, o Cloro passa do estado de oxidação 7+ para o estado 1- (ele se reduz) e o Carbono passa do estado de oxidação 0 para 4+ (ele se oxida).

Além disso, a reação é extremamente exotérmica.

8 KClO3 + C12H22O11 à 8 KCl + 12 CO2 + 11 H2

(Consultei os valores de entalpia-padrão de formação no NIST).

DH= {[8*(-436,38) + 12*(-393,52) + 11*(-285,83)]} kJ - {[8*(315,0) + 1*(-2222,2)]} kJ

DHR = -3144,13 kJ - 297,80 kJ = -3441,93 kJ

Olha, não sei quanto a vocês, mas uma reação que libere tudo isso de calor é uma reação altamente exotérmica para mim!

<Dr Chatoff mode off>

E era isso, eu queria apenas compartilhar a tortura da pobre bala de gelatina e explicar o que acontece do ponto de vista químico. Não quero me estender mais nesse post.

Experimentos de Química - O Coração de Mercúrio

Vi no "Ensino de Química", que por sua vez viu no "Pontociência" e agora compartilho com vocês esse experimento bem legal.

Se for realizado corretamente, você verá uma gota de mercúrio pulsar como um coração.

Material:
  1. Uma gota de mercúrio (Hg - pode ser comprado em casas de materiais dentários);
  2. Ácido Sulfúrico 6,0 mol/L (H2SO4);
  3. Solução aquosa de dicromato de potássio - K2Cr2O7 0,1- mol/L (cuidado, altamente oxidante);
  4. Vidro de relógio ou placa de Petri;
  5. Conta-gotas;
  6. Alfinete de fralda ou clip;
  7. Suporte Universal com agarrador.

Não preciso dizer que mercúrio é volátil e tóxico, deve-se manuseá-lo com luvas e em local arejado. 

O ácido sulfúrico pode provocar queimaduras, use luvas de borracha ao utilizá-lo.

A solução de dicromato é oxidante e tóxica, deve-se evitar tocá-la diretamente com as mãos e deve-se evitar descartá-la na pia.
Pode-se guardar a solução para uso em experimentos que simulam os bafômetros;

Experimental:

 

Resultados: (copiado na cara dura do pontociência)

A solução de ácido sulfúrico com dicromato de potássio promove a oxidação do mercúrio (perda de elétrons). 

A partir daí quando se encosta a agulha, que é de ferro, na gota de mercúrio, os elétrons saem do ferro e passam para o mercúrio. 

(O ferro possui potencial de redução maior que o do mercúrio, isso é explicado pela eletroquímica.)

Esta mudança entre oxidação e redução gera uma alteração na tensão superficial do mercúrio, e o resultado é um movimento rítmico causado pelo contato do mercúrio com o ferro.

Os íons cromato (CrO

42-) oxidam o mercúrio a mercúrio(II), estes íons de mercúrio(II) formam com os íons sulfato uma película insolúvel passando então a sulfato de mercúrio (HgSO4), esta película de sulfato de mercúrio, ou seja mercúrio com carga positiva, causa uma diminuição na tensão superficial fazendo com que a gota de mercúrio se torne achatada. A reação que representa este fato é a seguinte:

2CrO42-(aq) + Hg(l) +16H+(aq) + 3SO42-(aq) à 2Cr3+(aq) + HgSO4(s) + 8H2O(l)

Quando o ferro encosta na parte positiva do mercúrio, ocorre uma transferência de elétrons do ferro para o mercúrio, reduzindo-o a mercúrio ”zero”, através da seguinte reação:

Fe(s) + HgSO4(s) à Fe2+(aq) + SO42-(aq) + Hg(l)

Esta transferência de elétrons causa outra mudança na tensão superficial do mercúrio, fazendo com que ele fique mais coeso, o que leva o mercúrio a se afastar do ferro levando a uma nova oxidação, achatando a gota mais uma vez e permitindo que a gota encoste novamente no ferro gerando um ciclo repetitivo.

E, bem, era isso para o momento. Eu gostei bastante desse experimento, acho até que vou realizá-lo em sala de aula com os meus alunos.

Fiquem com Deus e aproveitem a Páscoa!

Abraços digitais.