Como as proteínas são fabricadas no corpo

Esse vídeo foi indicado pelo meu amigo Kendi.

Trata-se de uma animação/simulação que explica em detalhes a síntese de proteínas no corpo humano.

O nome do vídeo é "Central Dogma" e faz uma referência ao dogma central da biologia estabelecido pelo pai da estrutura em hélice do DNA, o cientista Francis Crick, em 1958.

Nas palavras dele

The central dogma of molecular biology deals with the detailed residue-by-residue transfer of sequential information. It states that information cannot be transferred back from protein to either protein or nucleic acid.

Em português (tradução livre):

O dogma central da biologia molecular lida com a detalhada transferência resíduo-a-resíduo de informação sequencial. Ele estabelece que a informação não pode ser transferida de volta da proteína para qualquer outra proteína ou ácido nucléico.

Em palavras simples: Uma vez que uma proteína é formada a partir da leitura do código genético, ela não pode ser transformada de volta para a forma de DNA.

A informação está "arquivada" em três classes de biopolímeros: 

DNA (ácido desoxirribunocleico)
RNA (ácido ribunocleico) e
Proteínas.

Existem, portanto, 3 moléculas que armazenam informações genéticas. O que dá 3X3 possibilidades de transferência de dados genéticos = 9 formas de transferência de informação.

Geral Especial Desconhecido
DNA → DNA RNA → DNA proteína → DNA
DNA → RNA RNA → RNA proteína → RNA
RNA → proteína DNA → proteína proteína → proteína

 O dogma central estabelece que as informações contidas em proteínas não podem ser passadas adiante.

Agora, vamos deixar de explicações complicadas e assistir ao vídeo que o meu amigo me indicou, ele é bem mais explicativo que esse palavrório todo que eu escrevi aí em cima. 

2 responses
Nossa, mas que honra ter meu nome citado no seu blog! Obrigado mesmo! Quando puder lhe mandarei coisas interessantes! Por favor faça o mesmo também! Abraços
Ali quando você citou nos casos especiais, é interessante nós falarmos que isso geralmente ocorre em vírus. Como vírus OU tem DNA OU RNA, podemos inferir que o vírus em sí é incapaz de sobreviver sozinho. Logo, pra isso é necessário que ele use o aparato genético de outra célula, tornando o parasita obrigatório. Assim vírus como o HIV, por exemplo, possuem RNA em seu capsídeo, e inserido nele, o código para codificar uma enzima chamada de Transcriptase Reversa, que consegue transformar uma molécula de RNA em DNA, fazendo com que haja uma maior disseminação das proteínas virais e genes para fora da célula, aumentando sua virulência. Fascinante, não?